Wybson Carvalho
Recanto do Poeta
Últimas postagens
Cremação
Os raios de fogo ao corpo inerte
são fachos de luz
à angústia adormecida
sob um céu sem acesso
para a alma amputada
e sob o pranto de sangue derramado sem fé
à mendicância do perdão julgado.
Onipresença
Quando a matéria inválida tombar
obediente à natureza cumprida
e imergir ao barro...
estórias de liberdade
serão tecidas sobre o ser
que...
Continuar lendo
Naturezas
A animal,
o instinto criou o coração em mim
dividido em faces iguais -
a divina, à fé acasalou o espírito
noutro eu aglutinado
pelas emoções diferenciadas.
qual porção é a verdade minha?
talvez,
o cérebro – juiz da razão –
emudecido à resposta lógica
sobre eu nenhum...
Continuar lendo
O ser e a poesia advindos de mim
Minha poesia veste-me com essência sabedora ao interior a mim
e emudece meu grito ensurdecedor à negação que há nela.
é a prisão na qual sou condenado
e estou a extrapolar-me liberto à ambiência alheia.
é a imensidão em sal oceânico e chão cáustico, solitariamente, desértico...
é a diversidade de todas minhas linguagens...
Continuar lendo
"Quatro estações se sucedem no decurso do ano; quatro estações tem o homem na vida;
tem ele sua primavera ardente, quando a fantasia absorve toda a beleza com facilidade;
tem seu verão quando, voluptuosamente,
rumina os doces pensamentos juvenis da primavera, e, assim, sonhando alto, aproxima-se do céu; grutas quietas tem a alma em seu outono, quando as asas ele fecha, satisfeito e indolente em contemplar as brumas, deixando as...
Continuar lendo
Nas décadas de 60 e 70, do século passado, em pleno regime militar que aguçava muitas esperanças dos civis e suas linguagens artístico-culturais, houve homens sensíveis e engajados nas corporações militares, e, principalmente, nas reservas do Exército Brasileiro. Um desses homens, em suas atividades público-sociais para com a comunidade, teve um perfil enriquecedor como ser humano voltado para um dos gêneros...
Continuar lendo
Bar
Literalmente,
um pasto abundante de iguarias
servidas às almas, nele, famintas
em vulnerável alegria da embriaguez
e sob espetáculo do teatro possível;
cenas protagonizadas por atores da fantasia,
necessária.
Baile de carnaval
Abrem-se em liberdade as portas da vergonha
e as máscaras da verdade servem como fronhas
escondendo os rostos no dantesco bacanal
a maquiar os desgostos da fuga irreal
Um réu ao cálice de...
Continuar lendo
Caxias, sempre se destacou, nacionalmente, por suas tradições em linguagens artístico-culturais de cunho erudito, tais como: a literatura, Gonçalves Dias e Coelho Neto, as artes plásticas - pintura e escultura - Celso Antônio Silveira de Meneses; a música, Elpídio Brito Pereira, e tantas outras e outros mais...
Mas, a cidade já foi referenciada acerca da cultura popular. Em inserções, com spot´s...
Continuar lendo
O ser e a poesia advindos de mim
Minha poesia veste-me com essência sabedora ao interior a mim
e emudece meu grito ensurdecedor à negação que há nela.
é a prisão na qual sou condenado
e estou a extrapolar-me liberto à ambiência alheia.
é a imensidão em sal oceânico e chão cáustico, solitariamente, desértico...
é a diversidade de todas minhas linguagens artísticas...
Continuar lendo
É hora da morte
À mão aberta
está o m do teu nome.
ele, em queda, esvai-se por entre os dedos
e derrama a final agonia pálida.
vem, covarde espelho do mistério
leva-me para o nada
de onde eu não deveria ter vindo
O após
Amanhã, quando as demoradas horas
concluírem mais um dia,
a noite, urgentemente, irá propor
um sol errante que se apagará
antes da manhã...
Continuar lendo
Canção ao exílio
Na minha terra havia palmeiras e o canto dos sabiás.
nela, exalava o perfume dos jardins urbanos.
dela, ouvia-se a linguagem singela do cotidiano.
com a minha cidade crescia a romântica dos poetas...
A inimizade humana passava por sobre ela
em eólica turbulência rumo às outras plagas,
para derramar-se noutros cenários de ganância existencial.
À minha terra, na...
Continuar lendo