Se eu pudesse hoje conversar com Gonçalves Dias diria para ele que aqui, para esse povo cujo rosto se acostumou “a rir” para Sol, ele é nosso orgulho maior!
Que a dor da solidão pelo exílio que ele sentira por estar longe daqui é a mesma que sentimos por não o ter mais entre nós, fisicamente.
Mas, em um último canto nos afagamos nos seus escritos.
E neles, o encontramos vivendo na eternidade.
Olharia em seus olhos, e um século após lhe diria que ele estava certo: não se morre de amor!
E continuamos não sabendo dizer se amamos.
Apenas amamos, sem ousar dizer o que é, apenas sentimos.
Apenas amamos ter o coração entre o riso e a festa.
A vida há um século, a vida agora, a vida no futuro permaneceu, permanece e permanecerá sendo a tal luta renhida, que ele nos avisou que seria: dura, fria, aniquila os fracos, ergue os bravos, exalta os fortes.
Gonçalves foi-se um dia.
E, como bom filho de Caxias, e desse maranhão correnteza levou ao mundo.
E hoje nos traz de volta a certeza de que a vida é um oceano por onde o acaso navega.
Eu, que não sou nada mais que além do que súdito de sua majestade, me atrevo a dizer:
nada mais justo, do que ao invés de nos preocuparmos com o destino, nos permitirmos encantar com a viagem.
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