Você já teve aquela sensação de que um dia não seria suficiente para fazer tudo? Pois saiba que nesta quarta-feira (9) isto poderá parcialmente ser verdade. Isso porque hoje (9) há grandes chances do dia ser o mais curto da história do planeta terra.
Apesar de que nenhum cientista saiba exatamente o que há por trás desse fenômeno, estudos feitos recentemente revelam que o movimento de rotação parece estar se acelerando cada vez mais. Mas calma, isso significa que não há necessidade de quaisquer ajustes nos ponteiros dos relógios.
Segundo o aviso dado pelo astrofísico Graham Jones, que realiza medições precisas do tempo com ajuda de ferramentas, ele explica que o movimento da rotação da terra dura 86.400 segundos — o equivalente a 24 horas. Mas, desde 2020, a terra parece ter acelerado mais.
Graham Jones concluiu que nos períodos de verão no Hemisfério Norte e inverno no Hemisfério Sul a rotação parece ter alguns milissegundos mais rápido do que o esperado.
Segundo ele, um milissegundo equivale a 0,001 segundo. No entanto, Graham Jones contou que, desde 2020, o dia mais curto registrado teve -1,05 milissegundos. Isso significa que a rotação completa do eixo foi concluída antes mesmo de dar 86,400 segundos. E nos últimos anos, esse fenômeno tem se repetido com frequência.
Já foram registrados 1,66 milissegundos em 5 de julho de 2024, além de -1,47 em 9 de julho de 2021, -1,59 em 30 de junho de 2022 e -1,31 em 16 de junho de 2023.
E os especialistas alertam que esse dia deve se repetir agora em 2025. Segundo Jones, isso pode acontecer nos dias: 9 de julho, 22 de julho e 5 de agosto.
Graham Jones escreveu um artigo para o timeandate.com, uma das possíveis explicações da velocidade da terra. "Variações de longo prazo na velocidade de rotação da Terra podem ser afetados por uma série de fatores, como os movimentos complexos do núcleo do planeta, os oceanos e a atmosfera", escreveu Jones.
O que aconteceria se a Terra se atrasasse ou adiantasse mais?
Mesmo sendo pequenas, mudanças no tempo da Terra podem se somar ao longo dos anos e fazer com que nossos relógios se adiantem ou atrasem um segundo.
Para corrigir o descompasso, os cientistas usam o chamado "segundo bissexto" desde 1973, que pode ser positivo ou negativo.
Ou seja, este segundo pode ser adicionado aos nossos relógios quando a Terra se atrasa, ou pode ser retirado quando o planeta termina suas rotações em menos tempo que o normal. Desde 1973, o IERS adicionou 27 segundos bissextos à hora oficial dos relógios na Terra.
"Se os dias mais curtos continuarem, em algum momento podemos precisar de um segundo bissexto negativo, ou seja, tirar um segundo de nossos relógios para que se ajuste à rotação mais rápida da Terra", diz Jones.
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