1. Um cão lestiano e eu
Quisera eu ter a liberdade de um cão vadio e
transeunte pelas vias públicas,
tal qual realidade desapercebida
e, dela, somente avistando-se a própria solidão...
Mas, tão unicamente entre muitos,
sou iminência canina à multidão
que sofre a dor da ferida que causo sem morder
e se nega sob o silêncio de um latido,
emudecido por minha impossibilidade de ladrá-lo.
2. Valor patrimonial lestiano
A pólis deve estar para a história,
assim como o esqueleto
arma-se para a plástica do tecido muscular...
Paralelepípedos escondidos nas vias públicas
e
escombros das edificações etárias:
eis o que a pólis é...
eis como a pólis está...
3. Pertencimento humano
Mesmo assim como tu és,
oh! torrão lestiano,
quero para sempre te pertencer:
um grão de areia no teu chão sob um sol cáustico...,
o barro escondido nas paredes da construção de tua eternidade...
A ti, eis o que sou!
Em ti, onde estou!
Chuva
Lágrimas que caem de um imenso olho azul que, momentaneamente, escurece ao derramar seu pranto sobre o corpo da terra.
1. Um cão lestiano e eu
Quisera eu ter a liberdade de um cão vadio etranseunte pelas vias públicas,tal qual realidade desapercebidae, dela, somente avistando-se a própria solidão...Mas, tão unicamente entre muitos,sou iminência canina à multidãoque sofre a dor da ferida que causo sem mordere se nega sob o silêncio de um latido,emudecido por minha impossibilidade de ladrá-lo.
2. Valor patrimonial lestiano
A pólis deve estar para a história,assim como o esqueletoarma-se para a...
Minha poesia veste-me com essência sabedora ao interior a mime emudece meu grito ensurdecedor à negação que há nela.é a prisão na qual sou condenadoe estou a extrapolar-me liberto à ambiência alheia.é a imensidão em sal oceânico e chão cáustico, solitariamente desértico...é a diversidade de todas as minhas linguagens artísticas, sem plateia alguma...é a obra que, humildemente, ofereço à humanidade...é o ser a querer-se compartilhado a quem me necessitar...e meus versos?são...