Em minha terra havia palmeiras e canto dos sabiás...
Nela, exalava o perfume dos jardins urbanos...
Dela, se ouvia a linguagem singela do cotidiano...
Com a minha cidade crescia a romântica pregação dos poetas...
A inimizade humana passava por sobre ela em nuvens sob eólica turbulência rumo a outras plagas, para se derramar noutros cenários prenhes de social ganância...
A ela, em minha infância, ouvi sinfonias nas horas iniciais de um futuro desenhado com cores de abandono...
Agora, que árvore dará abrigo a outros pássaros canoros, para entoarem um canto de saudade?
Mas
Sou um kármico
pertencimento humano a ti
torrão exilado quero para sempre te pertencer grão de areia no teu chão sob um sol cáustico barro escondido nas paredes da construção de tua eternidade...
A ti eis o que sou!
Em ti eis onde estou!
E quando a minha matéria inválida tombar obediente à natureza cumprida e imergir no teu barro; estórias de liberdade serão tecidas sobre o ser que não mais está cíclico ao meio...
Pois,
livre é o ser sem estar
e sido em sendo o verbo, ainda...!
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