Caxias-MA 18/07/2025 11:57

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Wybson Carvalho

Recanto do Poeta

Últimas postagens

Gonçalves Dias: Leito de folhas verdes

Por que tardas, Jatir, que tanto a custo À voz do meu amor moves teus passos? Da noite a viração, movendo as folhas, Já nos cimos do bosque rumoreja.   Eu sob a copa da mangueira altiva Nosso leito gentil cobri zelosa Com mimoso tapiz de folhas brandas, Onde o frouxo luar brinca entre flores.   Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco, Já solta o bogari mais doce aroma! Como prece de amor, como estas preces, No silêncio da...
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Data:05/06/2023 10:27

Gonçalves Dias: Não me deixes

Debruçada nas águas dum regato A flor dizia em vão A corrente, onde bela se mirava … “Ai, não me peixes, não!   “Comigo fica ou leva-me contigo “Dos mares à amplidão, “Límpido ou turvo, te amarei constante “Mas não me deixes, não!”   E a corrente passava; novas águas Após as outras vão; E a flor sempre a dizer curva na fonte: “Ai,...
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Data:29/05/2023 15:06

Gonçalves Dias: Se te amo, não sei

Amar! se te amo, não sei. Oiço aí pronunciar Essa palavra de modo Que não sei o que é amar.   Se amar é sonhar contigo, Se é pensar, velando, em ti, Se é ter-te n'alma presente Todo esquecido de mim!   Se é cobiçar-te, querer-te Como uma bênção dos céus A ti somente na terra Como lá em cima a Deus;   Se é dar a vida, o futuro, Para dizer que te...
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Data:22/05/2023 13:32

Gonçalves Dias: Por um Ai

Se me queres ver rendido, De joelhos, a teus pés, Por um olhar que me deites, Por um só ai que me dês;   Se queres ver o meu peito rugindo como um vulcão, Estourar, arder em chamas, Ferver de amor e paixão;   Se me queres ver sujeito, curvado e preso à tua lei, Mais humilde que um escravo, Mais orgulhoso que um rei;   Meus olhos sobre os teus olhos, Meu coração a teus pés; Por um olhar que me...
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Data:15/05/2023 15:14

Gonçalves Dias: Canto do Guerreiro

I Aqui na floresta Dos ventos batida, Façanhas de bravos Não geram escravos, Que estimem a vida Sem guerra e lidar. – Ouvi-me, Guerreiros, – Ouvi meu cantar.   II Valente na guerra, Quem há, como eu sou? Quem vibra o tacape Com mais valentia? Quem golpes daria Fatais, como eu dou? – Guerreiros, ouvi-me; – Quem há, como eu sou?   III Quem guia nos ares A frecha emplumada, Ferindo uma presa, Com tanta...
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Data:08/05/2023 15:28

Gonçalves Dias: Como eu te amo

Como se ama o silêncio, a luz, o aroma, O orvalho numa flor, nos céus a estrela, No largo mar a sombra de uma vela, Que lá na extrema do horizonte assoma;   Como se ama o clarão da branca lua, Da noite na mudez os sons da flauta, As canções saudosíssimas do nauta, Quando em mole vaivém a nau flutua,   Como se ama das aves o gemido, Da noite as sombras e do dia as cores, Um céu com luzes, um jardim com...
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Data:02/05/2023 15:59

Gonçalves Dias: O Canto do Piaga

O' Guerreiros da Taba sagrada, O' Guerreiros da Tribo Tupi, Falam Deuses nos cantos do Piaga, O' Guerreiros, meus cantos ouvi.   Esta noite — era a lua já morta — Anhangá me vedava sonhar; Eis na horrível caverna, que habito, Rouca voz começou-me a chamar.   Abro os olhos, inquieto, medroso, Manitôs! que prodígios que vi! Arde o pau de resina fumosa, Não fui eu, não fui eu, que o acendi!   Eis...
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Data:24/04/2023 09:46

Gonçalves Dias: O Mar

Oceano terrível, mar imenso De vagas procelosas que se enrolam Floridas rebentando em branca espuma Num pólo e noutro pólo, Enfim... enfim te vejo; enfim meus olhos Na indômita cerviz trêmulos cravo, E esse rugido teu sanhudo e forte Enfim medroso escuto!   Donde houveste, ó pélago revolto, Esse rugido teu? Em vão dos ventos Corre o insano pegão lascando os troncos,   E do profundo abismo Chamando à...
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Data:18/04/2023 05:31

Gonçalves Dias: Marabá

Eu vivo sozinha; ninguém me procura! Acaso feitura Não sou de Tupá? Se algum dentre os homens de mim não se esconde, — Tu és, me responde, — Tu és Marabá!   — Meus olhos são garços, são cor das safiras, — Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar; — Imitam as nuvens de um céu anilado, — As cores imitam das vagas do mar!   Se algum dos guerreiros...
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Data:10/04/2023 07:11

Gonçalves Dias: Olhos verdes

Eles verdes são: E têm por usança Na côr esperança, E nas obras não. CAMÕES, Rimas   São uns olhos verdes, verdes, Uns olhos de verde-mar, Quando o tempo vai bonança; Uns olhos cor de esperança, Uns olhos por que morri;  Que ai de mi! Nem já sei qual fiquei sendo  Depois que os vi!   Como duas esmeraldas, Iguais na forma e na cor, Têm luz mais branda e mais forte, Diz uma...
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Data:03/04/2023 15:20


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