A Câmara de Caxias vai intensificar as cobranças que tem feito por uma imediata melhoria na prestação de serviços contra a Companhia Energética do Maranhão (Cemar), e o caminho, agora, será no sentido de denunciar a empresa ao Ministério Público. Na sessão dessa segunda-feira, 13, o vereador Durval Júnior (PSB) usou o pequeno expediente para expor o que considera uma situação, no mínimo, negligente da parte da empresa de energia, ao referir-se à oferta de luz na zona rural de Caxias. O vereador anunciou que já estava cansado de reclamar e que sua ação no momento consiste em levar equipes para colher assinaturas de usuários, a fim de consubstanciar processo a ser protocolado brevemente no Ministério Público, pois, para ele, “a relação que a Cemar tem com o seu consumidor é difícil”.
A postura firme do colega ensejou o presidente da casa, vereador Catulé (PRB), a se manifestar apoiando a iniciativa, ressaltando que a Câmara de Caxias não pode ficar inerte quando a população sofre. Para Catulé, essa é uma situação que não pode mais ser tratada com argumentações e denúncias verbais, mas pela via da justiça, o esteio mais seguro que se tem na democracia.
“Eu mesmo já fiz diversas denúncias contra essa empresa nesta casa, pois sou testemunha dos absurdos que vemos na zona rural. Tem povoado que chega a ficar até dois dias sem luz, sofrendo prejuízo em seu abastecimento, inclusive inutilizando vacinas e outros medicamentos nos postos de saúde, por falta de refrigeração. Se aqui na cidade a população reclama, imagine na zona rural. Recebi o relato da diretora da escola da Cabeceira dos Cavalos, reclamando que as vacinas estão se estragando, e que, dia sim, outro não, mesmo dois dias seguidos, há falta de energia. Essa companhia energética não quer investir na nossa região e o resultado é o que assistimos”, destacou o presidente.
Outro que fez comentário sobre a matéria em discussão foi o vereador Antonio Ramos (SD). “Povoados do 2º Distrito já chegaram a passar 16 dias sem energia. A comunidade procurando a Cemar, ligando, sem resposta, até que foi resolvido. Recentemente, foram quatro dias sem energia. Nada justifica essa situação. Devemos tomar uma providência. É um desrespeito muito grande”, declarou.
Caixas eletrônicos desabastecidos
Outro problema frequente na cidade, que vive a atazanar a população, é a falta de dinheiro em caixas eletrônicos, sempre aos finais de semana ou nos feriados. Desta vez, quem abordou o tema foi o vereador Darlan Almeida (PHS), centrando sua bateria verbal contra o Bradesco. “No último sábado, véspera do Dia das Mães, pessoas ameaçaram quebrar os caixas eletrônicos do Bradesco na agência da praça Gonçalves Dias. Por volta das nove horas da manhã, já não havia dinheiro nos caixas eletrônicos, e a fila era enorme. É um banco privado, mas que presta um péssimo serviço à sociedade caxiense. Uma luta que vem de outros pleitos e até agora, infelizmente, não foi resolvido”, disparou o parlamentar.
Entrando imediatamente na discussão, o presidente da Câmara elogiou o posicionamento do colega de parlamento. “É dever nosso denunciar o que achamos que é abuso, o que é incorreto, pois somos os legítimos representantes do povo. Mas temos que nos acostumar a usar os préstimos do Ministério Público, provocá-lo, a fim de alcançar mais rapidamente os resultados. O órgão hoje está ágil”, observou.
À procura de terceira via?!!!
No plano puramente político, a semana passou tomada por mais especulações sobre o panorama local. Depois de afastada a hipótese da família Coutinho vir a aliar-se ao prefeito Fábio Gentil, agora começam a surgir discussões evidenciando nomes que não são do meio político, mas que estariam propensos a se tornarem terceira via, caso venham a ser apoiados pelas facções que se digladiam no município. Sem um nome forte para disputar com Fábio Gentil, a família Coutinho estaria sendo conduzida por correligionários do grupo a apoiar, por exemplo, o juiz Antonio Manoel Velozo, que a qualquer momento pode pedir aposentadoria e mostra interesse de vir a vincular-se ao meio político.
No último fim de semana, o juiz foi visto entabulando animada conversa com o empresário e ex-vereador Ironaldo Alencar, durante evento social. Como se sabe que IA respira e come política, e é pessoa de confiança do governador Flávio Dino na região, sempre à procura de novidades que possam melhorar o desempenho da gestão estadual em Caxias, logo pipocaram as conversas de que, por trás desse encontro, já estaria sendo costurada uma nova facção capaz de entrar com muito peso no jogo político caxiense. O dublé de radialista/jornalista Ricardo Marques, um dos mais bem informados repórteres da região, vislumbra inclusive que o juiz, mesmo considerando-se não possuir a filiação partidária ao PCdoB, tem o mesmo perfil e comunga dos mesmos ideais do governador Flávio Dino, fato que, sem dúvida, facilitaria a aproximação, mais até do que a origem comum que ambos tem na magistratura. Para ele, um sinal positivo da liderança do clã selaria em definitivo um grande acordo político em torno do juiz, capaz de leva-lo a entrar na disputa com grandes chances de êxito, levando-se em conta as insatisfações que correm na cidade, e mais acentuadamente no meio empresarial. Contudo, até agora não há nenhuma trincheira definida, coisa comum em pleitos passados. E assim, o prefeito não tem ainda porque se preocupar com sua reeleição.
Mais um texto apócrifo
Enquanto isso, nas redes sociais, nova circulação de um texto apócrifo dá pormenores da composição de uma suposta organização criminal estabelecida em Caxias, que seria especializada em subtrair, através de notas fiscais frias, os recursos federais que chegam ao município. O redator anônimo da longa matéria, cujo título é “Uma Organização Criminosa Tomou Conta de Caxias”, alude que uma espécie de ‘quadrilha infernal’ foi montada a partir da gestão do ex-prefeito Ezíquio Barros, na segunda metade da década de 90, e segue atuando firme agora também na gestão do prefeito Fábio Gentil.
Em que pese ser muito detalhada, declinar nomes, envolver representação dos três poderes constituídos, assim como o modus operandi de várias formas de ilícitos criminais, a nota parece ser um manifesto de quem conhece ou já participou do meio e quer se beneficiar politicamente, em detrimento de todas as facções envolvidas com o poder em Caxias.
Contra a argumentação, a certeza de que não apresenta prova do que assinala. Fala de um culpado para isso ou para aquilo, mas não mostra nada mais do que palavras. Mas, será que as pretensões desse anonimato não mira objetivos mais elevados? Como procurar, por exemplo, envolver o Ministério Público Federal, também a PF, chegar até ao Ministro Sérgio Moro, fazê-los investigar suas suposições, para que essas emerjam como ocorreu recentemente em Aldeias Altas, e agora em São João do Sóter, onde o Ministério Público quer a indisponibilidade de bens de muita gente? Vai que cola uma operação pente fino em todas as contas de Caxias? Foi através desse tipo de manobra que nasceu a Operação Lava Jato.
Ademais, o clima político, assim como o meio jurídico do Brasil, neste momento, não privilegiam ninguém nem admitem presunção de inocência. Nem o filho do presidente, senador da república, conseguiu afastar de si suposições de que não teria conhecimento e participação em ilícitos denunciados em seu próprio gabinete quando exercia o mandato de deputado do estado do Rio de Janeiro.
O denuncismo cresce e ganha corpo por todo o país, e mostra-se altamente letal no meio político, nesta época em que as filosofias ideológicas e o modo tradicional de fazer política passaram a ser atacados visceralmente com sucesso nas redes sociais. A onda, aos poucos, está chegando também a Caxias.
Mas, numa região em que a economia é claudicante, sem grandes empresas instaladas, incapaz de absorver a farta mão de obra desempregada (que se vira como pode em todo tipo de atividade informal), impressiona os que se sobressaem passeando a bordo de carros de luxo caríssimos, vivem em casas suntuosas, e a revelar que estão muito bem de vida, alguns inclusive demonstrando disposição e recursos para abrir espaço na marra rumo ao seleto grupo da política.
Quem está fora do jogo enxerga claramente isso. E aí há margem para a publicação de toda sorte de ilações na internet, inclusive notícias falsas, falando de coisas que podem ser factíveis, porque há certos comportamentos sugerindo que é acertado chamar a atenção das pessoas.
É uma jogada do tipo, se colar, colou. Mas como silenciar esse tipo de provocação. Pessoalmente, acho que se antecipando aos fatos, e respondendo a tudo com a maior transparência possível. Mais: investigar e processar imediatamente quem ou o que esteja por trás da indigesta operação, pois calar é o mesmo que consentir ou colocar dúvidas na cabeça do eleitorado, e isso é muito perigoso para qualquer projeto político.
Agressão em escola
No meio da semana, um evento na área da educação quebrou a rotina nas escolas de Caxias. Terça-feira, 14, no povoado Nazaré do Bruno (2º Distrito), após discutir com seu diretor (prof. Ribamar), o aluno Diego da Conceição Aguiar o agrediu com socos em ambiente escolar. Felizmente, a agressão provocou apenas pequenos ferimentos no rosto do mestre, mas a sequela maior, sem dúvida, é constatar-se o estado emocional em que as pessoas hoje estão vivendo, muito estressadas, e admitir que no Brasil a violência contra os professores se tornou banalidade.
Em artigo recente, Dr. Rui Palhano, filho de Caxias, renomado médico e professor, radicado em São Luís, dedicou espaço na imprensa, mostrando as peculiaridades do comportamento das pessoas na atualidade. Segundo o mestre, dentre outros fatores, os problemas de relacionamento tem raízes, na grande maioria das vezes, no modo como as famílias estão tratando seus filhos, o que significa dizer que a criança, o jovem, será uma pessoa de boa ou má índole, a partir do modo como foi educada em casa.
Se não recebeu uma educação que lhe impôs limites, essa criança, esse jovem, mais tarde fará de seus pais reféns do seu próprio comportamento e sem autoridade nenhuma para controla-lo, passando a agir no meio social livre das balizas que delimitam o ser civilizado. O estudante-agressor de Nazaré do Bruno já tinha histórico de ser um jovem destemperado, de comportamento difícil e indisciplina, segundo professores que o assistiram desde o ensino fundamental básico, e talvez o uso de drogas esteja comprometendo o seu relacionamento na comunidade.
Ainda na tarde em que a agressão se deu, o presidente da Câmara Municipal, vereador Catulé, e o comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, tenente coronel Márcio Silva, estiveram no povoado, para tomar pé da situação e encontrar uma solução para o caso.
Na ocasião, ambos inspecionaram o destacamento da PM e ouviram as demandas de professores, gestores escolares, populares e comerciantes na área da segurança pública.
Segundo o diretor escolar Laedson Salles, “os professores ficam submetidos a situações de insegurança, de agressões físicas ou verbais”. Para a diretora Edna Souza, “o uso de drogas e a exploração sexual infantil são graves problemas que afetam a juventude local”.
“A Polícia Militar está aqui para dar um basta nas drogas e na violência. Para isso, buscamos parcerias, como as oferecidas pelo vereador Catulé e o prefeito Fábio Gentil. Além de intensificarmos as rondas escolares, queremos trazer palestras e o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) para a comunidade”, declarou o comandante do 2º BPM.
O caso da agressão, em si, passou para a esfera policial e terá suas consequências judiciais. Mas, a posição do vereador Catulé e do comando da Polícia Militar, foram ações determinantes no sentido de evitar que novas ocorrências do gênero passem a fazer parte do cotidiano dos caxienses, pondo em prática políticas de ação capazes de identificar prematuramente fatores que eventualmente concorram para gerar esse tipo de situação.
Educação - Quarta-feira de protestos
Na manhã de quarta-feira, 15, diante da sede da Prefeitura de Caxias, centenas de estudantes compareceram ao ato programado para marcar a Paralisação Nacional Contra o Desmonte da Educação Pública e Fim da Aposentadoria, coordenado por entidades sindicais em todas as regiões do país. Em que pese estar apenas a quatro meses e meio no poder, o governo do Presidente Bolsonaro já consegue até mobilização nacional para conter as propostas radicais que tenta aprovar no Congresso, em claro prejuízo à classe trabalhadora que luta para sobreviver. Também atingidos por uma proposta de redução de investimentos da ordem de 30 por cento na educação pública do país, os estudantes caxienses saíram às ruas vestindo preto e portando faixas com palavras de ordem contra as proposições do governo federal. Houve farta panfletagem contra as propostas do governo no local.
Grupo Mateus em Caxias
Poucos anos atrás, o empresário Ilson Mateus, dono de grande conglomerado atacadista e varejista, com atuação no Pará e no Maranhão, esteve em Caxias, travou contato com as autoridades locais e plantou a semente de que o seu empreendimento tinha concretas intenções de instalar-se em nossa cidade. Como área escolhida, a fábrica Refinaria, se possível aproveitando as instalações da antiga indústria que deu nome àquele trecho do bairro Castelo Branco, fruto do empreendedorismo do falecido empresário Comendador Alderico Silva, na década de 1970, e posteriormente aproveitada pelo Grupo Coringa. Inicialmente, a empresa adquiriu o terreno ocupado por diversas residências e uma serraria, logo abaixo das instalações do complexo industrial. O passo seguinte foi conseguir a área e as edificações que constituíam a fábrica desativada.
Nesta quarta-feira, 15, representantes da organização, dentre os quais o engenheiro Antonio Marques, desembarcaram na cidade, para firmar o compromisso oficial de que empresa vai mesmo instalar-se em Caxias. Primeiro estiveram na Prefeitura, onde foi assinado um protocolo que lhe garante fazer a construção do projeto. Depois, em companhia do secretário municipal de Infraestrutura, Murilo Novais, do diretor do SAAE, Arnaldo Arruda, do assessor-especial Washington Torres e do assessor de Comunicação, Augusto Neto, dentre outros funcionários do governo municipal, visitaram a área onde está edificada a antiga refinaria. O prefeito Fábio Gentil não participou da reunião porque se encontrava em Brasília, buscando mais recursos a serem empregados na área da saúde, no município.
Marques adiantou que os serviços de infraestrutura e de adaptação das dependências da antiga fábrica, a ser convertida em mais um Mix Mateus Atacarejo, começarão muito brevemente. As instalações ocuparão uma área de cerca de 21 mil metros quadrados. O término das abras está previsto para o próximo mês de outubro, quando a loja será inaugurada.
Na etapa de construção, o grupo pretende oferecer 100 empregos diretos e 200 indiretos, com mão de obra a ser contratada toda em Caxias. Apenas os engenheiros serão de fora. E quando a loja estiver pronta, os caxienses irão ter 600 ofertas de emprego. O empreendimento, segundo o engenheiro, será maior do que o que já existe na vizinha cidade de Timon.
Portanto, quem se habilitar para o serviço na loja do maior supermercado em atividade no Maranhão, e que certamente será também a maior em Caxias, deve logo preparar seus currículos e fazer cursos voltados para as atividades que irão se desenvolver dentro do empreendimento.
Aplausos
- Para o secretário de Estado de Turismo, o caxiense Catulé Júnior, que em marcante entrevista na TV Guanaré, nesta quarta-feira, 15, disse que sua pasta tem o desafio de colocar o Maranhão no patamar turístico que merece, e que conta com apoio total e irrestrito do governador Flávio Dino. Ao ressaltar que o Estado hoje tem dez polos, que integrados e estruturados podem fazer o turismo se desenvolver, o secretário disse que não vê outro tipo de política pública capaz de dar uma resposta mais rápida no que tange ao desenvolvimento social e econômico. Ele anunciou que planeja grandes ações da pasta no município, e revelou que seu órgão trouxe a Caxias e municípios vizinhos, nesta semana, cursos, palestras e atendimentos para inserção no Cadastur, cadastro vinculado ao Ministério do Turismo, que faculta acesso à participação em eventos, feiras e ações realizados pelo MT e a Embratur.
- Para o deputado estadual Zé Gentil (PRB), propondo a data 05 de outubro, momento de promulgação da carta de leis estadual, como o Dia da Constituição do Estado do Maranhão, na Assembléia Legislativa. O parlamentar deseja que a constituição estadual seja de amplo conhecimento público e mais difundida, principalmente, nas escolas públicas maranhenses e caxienses.
- Para a deputada Cleide Coutinho e o Governo do Maranhão, pela destinação de 100 mil reais para o Sabiá Futebol Clube de Caxias investir em sua escola de base. O certificado de apoio foi entregue nesta quarta-feira (15), pelo secretário do Esporte, Rogério Cafeteira, ao presidente do clube, Alfredo Vieira. O recurso é proveniente da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte.
- Para o pessoal que trabalha no Museu da Balaiada, em mantê-lo impecável para as visitas ao longo desta semana em que se comemora a Semana Nacional dos Museus.
Vaias
- Para os crimes de encomenda, que seguem fazendo vítimas na região. Abordado por um motoqueiro enquanto conversava com um amigo, jovem de 27 anos (Iarley Silva da Cruz) foi assassinado com tiros no abdômen e tórax, sábado, 4, pela manhã, na rua Nova, bairro Tamarineiro.
- Para os proprietários de animais, como bois, vacas, cavalos e burros, que, em vez de cria-los em área cercada, insistem em mantê-los circulando livremente pela cidade, emporcalhando praças, ruas e avenidas, sem atentar que causam prejuízos à propriedade privada, além de grande risco à circulação dos condutores de veículos.
- Para as pessoas que promoveram o show da cantora Marília Mendonça, na cidade. Acusadas de passar cheque sem fundos, levaram Caxias a exposição difamatória na mídia nacional, através de revistas e programas de TV.
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