Uma semana pródiga de fortes emoções preocupantes, a que passou. No correr dos últimos dias, as notícias dando conta de que a Rússia utilizou, pela primeira vez, misseis de grande alcance contra a sua vizinha Ucrânia, capazes de conduzir ogivas nucleares. Tudo por conta das forças da Otan terem liberado armas do seu arsenal àquele sofrido país, após o mesmo estar pressionado agora também por milhares de soldados da Coreia do Norte, que o ditador Kim Jong Um mandou de presente para o colega Vladimir Putin, o insano líder russo que arquiteta levantar a pujança perdida pelo extinto regime soviético comunista, de triste memória para a maioria das pessoas da Ásia Central e arredores, porque ceifou milhões de vidas que não se submeteram à ideologia do Kremlin. Nunca o risco de uma guerra atômica global esteve tão presente.
Aqui, nas plagas brasileiras, a estupefação diante dos relatórios da Polícia Federal, confirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro e todo o seu grupo político tiveram a disposição de levar adiante um golpe de estado se perdessem a última eleição presidencial, inclusive planejando em detalhes as mortes que deveriam ser perpetradas contra o presidente Luís Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alkimin e, de quebra, contra o ministro do STF, Alexandre Moraes, que na ocasião presidia também o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Já inelegível afora certos abusos que aqui é ali, Bolsonaro vinha trabalhando para reverter a sua situação através de aliados no Congresso Nacional. O trabalho da PF, porém, desmontou o delírio dos que sonhavam com uma eventual volta sua ao poder na próxima eleição de 2026, no embalo da última eleição que recolocou Donald Trump na presidência dos Estados Unidos da América. Mas ocorre que nos EUA não existe tribunal eleitoral para impedir que pessoas indiciadas pela justiça possam concorrer a mandatos executivos ou legislativos, ao contrário do nosso Brasil, que hoje serve de exemplo ao mundo inteiro em matéria de legislação eleitoral, eleições livres, digitais, que não deixam margem para qualquer tipo de falcatrua nesse sentido, afora certos abusos aqui e ali são cometidos por alguns políticos que, se denunciados, não ficam impunes por seus atos ilícitos.
Nesse sentido, por exemplo, informações de bastidores dão conta que o prefeito Fábio Gentil teria sido alvo de ação por haver praticado abuso de poder político e econômico na última eleição que colocou o seu sobrinho, Gentil Neto, para comandar a Prefeitura de Caxias a partir de janeiro de 2025. Havendo vitória aos que protocolaram tal proposição na justiça eleitoral, FG estaria inelegível para concorrer a qualquer cargo público nos pleitos seguintes. Por enquanto, entretanto, tudo se encontra no terreno da suposição, e a política da terra segue calma em seu roteiro de escolher o primeiro e o segundo escalão do prefeito eleito, assim como escolher também a próxima mesa diretora da Câmara Municipal de Caxias. Pelo andamento das negociações que já estão sendo processadas, o vereador Ricardo Rodrigues (PT) deverá ser reconduzido para um mandato de mais dois anos à frente do legislativo caxiense, premiado pelo êxito de saber articular as ações entre os dois poderes do município, amparado pela situação privilegiada de dispor de fácil acesso às grandes lideranças do Partido dos Trabalhadores que dirige o país. Ricardo, portanto, é atualmente uma peça fundamental para o alcance das soluções das demandas que venham a surgir no município, e todo o seu grupo político tem consciência disso.
Não podemos esquecer de lembrar que os últimos dias também foram pródigos em enaltecer a participação dos negros no país, por intermédio de seminários e apresentações públicas que evidenciaram a presença marcante dessas pessoas no município. Seria lamentável que nossa sociedade não se apercebesse disso, uma vez que a população local, em sua grande maioria, é constituída de pessoas pretas e pardas, acompanhando o modelo étnico que predomina no nosso Maranhão.
Mesmo com todas dificuldades e desigualdades, nosso país segue célere à frente dos principais movimentos desenvolvimentistas no mundo. A última reunião do G20, no Rio de Janeiro, comprovou isso. E contra os que pregam doentiamente pela divisão ideológica do país, leiam mais sobre história, assistam à série O Dilema de Lincoln, na Apple TV, para entender o que ocorre quando se teima em projetar discriminação ou ideologia dentro de uma nação.
PUBLICIDADE