Na sessão de encerramento do semestre legislativo, segunda-feira, 8, momento em que se esperava que os edis fizessem um balanço de suas atividades no período, o último orador da noite, vereador Mário Assunção (PPS), finalmente revelou para toda a comunidade em que nível estão as relações entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo, e há motivos suficientes para dizer-se que as coisas não estão muito bem. Se por um lado MS procurou preservar o prefeito no que tange às solicitações que a edilidade faz, enfatizando a assistência que ele devota aos parlamentares, o mesmo não se pode dizer da relação com o seu secretariado, grupo no qual, segundo revelou o parlamentar, acham-se encravados “verdadeiros feudos”, com uma predominância de poder que não só dificulta qualquer forma de relacionamento com os parlamentares, mas age também por trás deles, principalmente em suas bases de sustentação, abrindo espaço para futuras pretensões político-eleitorais.
Deixando claro que a disputa eleitoral do próximo ano já pode ser vista para além do universo de cada vereador, e do embate que está estabelecido entre eles mesmos, Mário Assunção apontou o dedo para a assessoria do prefeito, onde identificou agentes que estão usando a administração como pano de fundo de suas eventuais candidaturas, sem se incomodar se a postura é conveniente ou trás benefícios para a gestão de Cabeludo.
“A partir de hoje, não ficarei mais calado. Posso até assumir a posição do profeta João Batista, que pregou até no deserto, mas não ficarei calado. O governo, do qual faço parte da base de sustentação, está ficando dividido em feudos, porque existem pessoas dentro da administração que querem ser candidatos a vereador, e eu não tenho nada contra isso, inclusive é importante para que a gente possa construir mais legendas. O problema é quando essas pessoas querem se utilizar das suas máquinas administrativas em benefício próprio. E eu decidi, eu vou bater o martelo. Toda sessão, a partir do mês de agosto, eu vou escolher um desses candidatos, para dizer o que eles estão fazendo contra o seu próprio governo, em benefício próprio, tentando utilizar a máquina para tentar fazer a sua eleição” acentuou.
Passando das palavras à ação, o vereador trouxe ao plenário a situação do secretário Municipal de Assistência Social, professor Chiquinho, que age, segundo ele, pelas costas dos vereadores, procurando espaço nos redutos eleitorais. “Quando procuramos o apoio desse secretário para alguma demanda da comunidade, a resposta é sempre que não há dinheiro, não temos recursos, ou isso eu não posso fazer ainda. Mas, por trás, lá vai o professor Chiquinho levando projetos da sua pasta pra todo lugar, até à zona rural, como foi o caso de uma região de atuação do vereador Neto do Sindicato, onde fez o trabalho dele, mas sequer deu ciência ou convidou o colega para participar. Esse secretário já teve em suas mãos, até o mês de junho, por conta de repasses federais, cerca de 1 milhão e 600 mil reais. Aí, a gente vê o quanto está sendo passado pra trás, pois não temos condições de competir em pé de igualdade”, desabafou, reclamando que os vereadores tem sido mal recebidos nos órgãos da administração, e são tratados, não como parceiros, e sim como inimigos políticos, muito embora tenham sido outorgados pelo povo para representá-lo.
As palavras de Mário Assunção, ao que parece, romperam o silêncio sepulcral a que se referiu momentos depois o presidente da casa, vereador Catulé (PRB), em claro apoio ao que ele dizia, e reforçando que a Câmara não podia mais se manter acovardada diante da indigesta situação. A argumentação de MA também foi acompanhada por palavras de apoio de outras figuras de peso no parlamento, como Antonio Ximenes (PR) e Neto do Sindicato (PCdoB). Ximenes, por exemplo, evidenciou que já presenciara esse tipo de ação em outros governos. Para ele, “o resultado é quase sempre triste, porque na hora que o secretário quer usar o seu posto, a sua secretaria, em prol de uma futura candidatura, ele esquece que o interesse maior é o governo e do povo que o elegeu, e passa a entender que a secretaria é dele e não do governo. E está acontecendo isso”, acrescentou.
Neto do Sindicato também se expressou, lembrando o caso do assessor responsável pelo Balneário Veneza, que está fazendo o lugar do secretário de Infraestrutura, Murilo Novaes. “Esse rapaz está à frente de tudo quanto é obra na zona rural. Trabalha no Balneário Veneza, mas sempre é visto carregando máquinas e arregimentando os caçambeiros que trabalham para a prefeitura. Não tem interesse de beneficiar a gestão do prefeito Fábio Gentil, mas de se eleger a qualquer custo”, complementou.
Em que pese a contundência de MA na tribuna da Câmara, o imbróglio não é um fato novo, mas um processo que se arrasta desde o ano passado. Pressionado a respeito na última reunião que fez com os vereadores de sua base, cerca de um ano atrás, o prefeito Fábio Gentil foi taxativo ao afirmar que não tinha condições de simplesmente barrar as pretensões de quem trabalha a seu lado, até porque via a coisa como uma questão de direito. E para por fim à discussão, foi taxativo ao dizer que até 1º de outubro, deste ano, todos de sua assessoria que estiverem pensando em disputar a eleição vão ter que deixar seus cargos.
A posição do prefeito, porém, mesmo sendo coerente, não deixa de transparecer certa preocupação para não melindrar seus aliados de primeira hora, aqueles que primeiro foram à luta pela sua candidatura. Mas, agora, o quadro é diferente. Se antes, não tinha nada a perder, agora ele ocupa o cargo e postula sua reeleição, e aí não dá para desprezar a classe da qual faz parte há muito tempo. Foi picado pela mosca azul? Estaria tentado a caminhar em direção a uma mudança radical, bem ao estilo do que já ocorreu no passado, e que acabou resultando numa frente que varreu do cenário uma das mais emblemáticas representações políticas em Caxias? Por mais que se rejeite, não goste do modelo, o fato é que não dá para progredir sem o lastro político da vereança que ganhou no voto.
Então, a insistência do vereador Mário em prosseguir apontando quem está se beneficiando do governo para tentar se eleger, quer lembrar ao alcaide que os seus verdadeiros auxiliares na política são os políticos responsáveis pela articulação com as demais esferas de poder, e não assessores que abarrotam os órgãos que dirigem com cabos eleitorais, muitos dos quais sem o menor critério técnico para dar andamento aos programas direcionados ao bem-estar da população. Em sua lógica, por pensarem apenas em si mesmos, esses agentes acabam por tecer uma péssima imagem de uma gestão que nasceu com a proposta de ser inovadora e sintonizada com os interesses da população.
Traição
Ao tomar conhecimento na sessão de segunda-feira, 8, de que conversas do grupo de vereadores de Caxias nas redes sociais havia vazado para pessoas interessadas em boicotar a presença do Poder Legislativo na administração municipal, o presidente Catulé (PRB) não se conteve e disse que a pior coisa que ver em um homem é a subserviência. Segundo o vereador, a Câmara de Caxias possui história, é um poder independente, que tem suas regras, e que a maior delas e não servir de capacho, baixar a cabeça para quem quer que seja.
Catulé não declinou nomes nem deu qualquer informação que permitisse levantar-se a autoria do vazamento que, por sinal, foi denunciado por outro experiente edil da CMC, o vereador Antonio Ximenes (PR). Mas como a oposição não se manifestou e pareceu surpresa também com a denúncia, é mais sensato creditar-se a ação a parlamentar neófito na casa, que vislumbra ganhar apoios na esfera do Poder Executivo e, com isso, lograr êxito na sua intenção de reeleger-se em 2020. Tudo embutido na luta feroz e silenciosa que já está correndo nos bastidores da política caxiense, em busca dos preciosos votos em 2020.
“Se está havendo isso, um Judas entre nós, é porque está havendo apoio, desta casa e do prefeito Fábio Gentil. Mas eu só entro nessa briga se tiver o apoio de todas Vossas Excelências. E tem duas coisas que eu não carrego comigo, é a subserviência e a covardia, os piores defeitos de um homem. E a hora é essa. Nós vamos marchando para uma eleição, e enquanto o prefeito não corrige essas distorções, o secretário tenta passar por cima desta casa. Mas enquanto eu estiver aqui, vossas excelências tem que respeitar esta casa. Vossa excelência, vereador Mário, foi taxativo: completa um ano que o prefeito reuniu com esta casa. E eu acho que ela tem que ser consultada, porque, ou bom ou ruim, nós representamos a população de Caxias. Todos aqui merecemos respeito e consideração. E eu espero que Vossa Excelência não pregue no deserto, como João Batista”, finalizou.
APLAUSOS
# - Aos programadores da 2ª Feira da Arte de Caxias, que se inicia neste domingo, 14, e prosseguirá até o dia 21 de julho, no Caxias Shopping Center, com a temática “Circuito de Férias”. A mostra reunirá a consagrada Mostra de Artes Visuais, Oficinas, Rodas de Conversas, Intervenções Cênicas, Apresentações de Danças, Exposições Musicais, Performances Artísticas, Sorteios e Concursos de Desenho.
“Nesta edição, a feira apresentará uma rede de artistas que se conectam em várias áreas, estilos e técnicas, desde as Artes Visuais, a Literatura, a Floricultura e Jardinagem, a Música, o Teatro e Dança, reunindo profissionais que atuam no cenário artístico e que dão vida a trabalhos de grande valor para o povo e para a cidade”, explica Sid Brito, um dos organizadores da feira.
Decepção
# - O vereador Mário Assunção deixou estarrecido o plenário da Câmara, na última sessão legislativa do semestre, ao revelar que a Secretaria Municipal de Assistência Social estaria boicotando os repasses federais que chegam ao órgão com destinação à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae ) de Caxias. O parlamentar explicou que o fato vem acontecendo porque o órgão, como todo mundo sabe há muito tempo, tem sua direção ligada ao vereador Jerônimo Ferreira (PMN), ele mesmo por muitos anos à frente da importante instituição assistencial caxiense. MA revelou que o objetivo do secretário da pasta é esmagar o vereador do PMN, para passar a controlar o órgão e auferir dividendos eleitorais. Ninguém está nem aí para os problemas que a ação ocasiona para os usuários da Apae e seus familiares, vítimas de infortúnio gravíssimo na vida.
# - Primeiro foi uma ambulância do SAMU, utilizada fora do serviço para transportar a tampa de uma fossa a um bairro da periferia da cidade. Mais recentemente, uma caminhonete da prefeitura foi flagrada no interior de um motel. Aos poucos, o governo revela o seu calcanhar de Aquiles. Percebe-se que não há comando nem acompanhamento do trabalho de seus funcionários. Todo mundo agindo como bem entende e fazendo o que quer.
# - No Residencial Vila Paraíso, 79 hidrômetros foram furtados das residências do Programa Minha Casa, Minha Vida, segundo informações do SAAE. Os hidrômetros são furtados porque dentro deles tem peças de cobre, que são facilmente vendidas.
O furto dos hidrômetros, além de dor de cabeça, traz prejuízo. Segundo a direção da autarquia municipal, quando ocorre um furto, o cliente pode comparecer ao SAAE, e vai ser orientado a fazer um boletim de ocorrência. Nesse caso o SAAE faz a reposição do hidrômetro sem nenhum custo.
O secretário municipal de Segurança, Francisco Mesquita, informou que vai montar, com o apoio das policias Civil e Militar, uma estratégia para monitorar os furtos de hidrômetros, e que, além de identificar os suspeitos, querem descobrir quem recebe o material furtado.
VAMOS RIR!!!
# - Um casal estava dormindo profundamente. De repente, lá pelas três horas da manhã, escutam ruídos fora do quarto. A mulher se sobressalta e totalmente espantada diz para o homem:
- Aaaaaiiiiiii, deve ser o meu marido!!!
O cara se levanta espantado, peladão, pula como pode pela janela e cai em cima de uma planta com espinhos. Em poucos segundos, volta e diz:
- Sua doida, teu marido sou eu!!!
E a mulher: - É?!?! E pulou a janela por quê, bonitão?!
# - A mãe pede ao filho pra ligar pro celular do pai e avisar a hora do jantar.
- E aí, meu filho, o que ele disse?
- Mãe, já liguei três vezes, e sempre quem atende é uma mulher...
- Pois deixa aquele safado! Ele vai ver quando chegar em casa...
Mal o pai aparece na frente da casa, ela parte pra cima dele e dá a maior surra. Os vizinhos se aproximam pra ver o que está acontecendo e ela, gritando como louca:
- Safado, cafajeste, vagabundo!!! Vem cá, meu filho. Fale para todo mundo o que aquela mulher falou pra você no telefone!?
E o menino:
- Ah! Mamãe... ela dizia: “Seu saldo é insuficiente para realizar essa ligação!”
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