A suspensão da audiência pública que a Câmara de Caxias faria com a presença de dirigentes da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), na última segunda-feira, 01, em seu plenário, para a qual estava convidado o diretor-presidente da empresa, Augusto Dantas, não foi, como algumas pessoas podem até pensar, um gesto intempestivo, mesmo abrupto, se assim podemos dizer, da parte do vereador Catulé (PRB), presidente do parlamento municipal. Quem o conhece sabe que ele é uma pessoa cristalina em suas atitudes, inclusive tem a personalidade de não levar para casa desaforo de quem quer que seja. Mas, neste caso que envolve a participação da Cemar, em meio às carradas de reclamações contra a prestação de serviço da concessionária de energia elétrica, a sua posição não poderia ter sido outra, seja como vereador e, mais ainda, como presidente do Poder Legislativo Municipal.
De que outra forma a CMC poderia se posicionar diante de um problema velho e que já se arrasta sem solução há bom tempo no município, especialmente na zona rural, onde as comunidades vivem à deriva, sem ter a quem recorrer, um e outro se apoiando na ajuda dos vereadores e vereadoras que viajam sertão adentro, buscando o contato natural com suas bases de sustentação? Na zona rural de Caxias é muito comum as pessoas dizerem: “...nossa luz não tem força para girar nem ventilador!”. Mas na cidade, em bairros como o populoso Residencial Eugênio Coutinho, está acontecendo o mesmo, durante o período noturno.
Parece surreal que no mundo de hoje ainda ocorram coisas assim, mas é o que se passa na grande maioria das comunidades interioranas de Caxias. E, por que isto acontece? Não há rede de energia elétrica, o programa “Luz para todos”, na zona rural?! A resposta, simples, mas ao mesmo tempo absurda, é que não há assistência regular da Cemar nas localidades interioranas. Algumas chegam a ficar até 15 dias sem energia, e há localidades, conforme assegura o vereador Antonio Ramos (SD), que se tornaram fantasmas, tornaram-se desabitadas, o povo simplesmente foi embora, procurou outro lugar para morar, devido às interrupções de energia elétrica.
Na segunda-feira que passou, descartada a presença do dirigente maior da empresa à reunião que pretendia encontrar meios para equacionar-se o problema, mais uma vez chega à cidade uma equipe de técnicos da Sub-Gerência de Timon, para travar contato com os vereadores e segmentos da população. “Assim, não vai haver reunião, não vai haver audiência. Sei que os senhores que estão aqui são todos profissionais competentes, mas não tem poder de decisão. Vamos recebê-los educadamente, conversar com os senhores, porque sei que os senhores vão se mostrar solícitos para resolver tudo e ainda nos reservar esperanças de que algo possa vir a ser feito. Contudo, os senhores não tem poder de decidir pela organização, assumir compromisso. Por isso não haverá audiência”, disse Catulé à representação que se fez presente à altura de 17 horas na sala de reuniões da CMC.
Para não dizer que é mais um cético, no sentido de que a Cemar venha a resolver esse problema em Caxias, o presidente não lhes fechou as portas, disse à delegação que está interessado ainda em bancar uma audiência pública com a participação da empresa, mas tem que ter a presença de seus dirigentes. A data, quando isso vai ocorrer, dependerá exclusivamente dela.
Como o problema não pode simplesmente ser adiado, ou esquecido, ficar por isso mesmo, o impasse pode resultar em duas vertentes de atuação. Uma delas seria a comunidade rural e bairros afetados organizarem manifestações, para chamar a atenção das demais autoridades. Tem vereador, como Durval Júnior (PSB), que já está colhendo listas de assinaturas na zona rural. Aliás, partiu dele a ideia da CMC fazer uma audiência pública para discussão do assunto. Outra, bem mais ao gosto do presidente Catulé, seria trazer para o concurso a presença do Ministério Público, colocá-lo como árbitro da situação e inserir também o Poder Judiciário na arena, pois só assim, através de multas pesadas e termos de ajustamento de conduta, os usuários do sistema elétrico podem manter viva alguma esperança de receber os benefícios expressos em nossa constituição.
Apesar de tudo, não acreditamos que uma empresa do porte da Cemar não possa equacionar e resolver as demandas que batem à porta de seus escritórios. É evidente que tem uma política de trabalho bem definida. De outra forma, não estaria à frente de um investimento que lhe assegura uma liquidez de receitas formidável. Parece que o entrave se configura na maneira de ver o seu quadro de usuários. Nas cidades, óbvio, a comunicação, o feedback, é mais fácil, porque a população se liga aos smartphones, faz uso de aplicativos, através dos quais consegue interagir mais rápido com a empresa, ao contrário do que acontece na zona rural, onde às vezes não tem nem telefone fixo quanto mais internet. Infelizmente, os brasileiros da zona rural ainda podem ser enquadrados como cidadãos de terceiro mundo, principalmente na grande maioria das comunidades do Nordeste, onde se acha o nosso Maranhão.
Do alto da cadeia de decisões, as diretorias das empresas se instalam confortavelmente nas capitais, onde tudo acontece de modo mais fácil para elas e menos para a pessoa comum, que vive no campo. São estabelecidos, então, novos modelos de operação que fizeram sucesso em muitos países onde as pessoas cresceram em meio a inovações tecnológicas que o maranhense humilde jamais conheceu, até porque sua educação acompanha o modelo paternalista implantado há décadas no Brasil. Então, agora, de um lado, fica a empresa esperando ser acionada pela população. Do outro, usuários sem esclarecimento, a esperar por providências que jamais virão, caso não sejam oferecidas as denúncias convenientes e do modo estabelecido pela empresa prestadora do serviço. Por exemplo, nada vai para frente, hoje, se você não tem um protocolo cujo propósito é inseri-lo no contexto dos usuários que necessitam de assistência porque o serviço não está chegando a contento.
Essa nova metodologia assistencial é fruto do processo de privatização de serviços essenciais iniciado na época da gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A empresa privada tem por premissa básica trabalhar, em primeiro lugar, pensando no lucro. Então, é um enxuga daqui, um enxuga dali, cortes de orçamento de toda ordem para que, ao fim, possa apresentar mais lucro para seus acionistas. Imaginou-se com a privatização, e isso não ocorre apenas no sistema de energia, que os serviços fossem se modernizar, como ocorreu e ainda ocorre em exemplos colhidos na Europa e, mais recentemente, na Ásia. Mas nossos tecnocratas se esqueceram que vivemos no Brasil e que aqui ainda é terceiro mundo, em que pesem os índices mostrarem que estamos entre as dez maiores economia do planeta, fato que não se reflete para as pessoas comuns, que ainda não entendem a sua real participação nas novas regras.
Então, foi mais do que previdente e acertada a decisão da Câmara de Caxias, na pessoa do seu presidente, de sustar a audiência pública com a Cemar, para tentar resolver os problemas da rede elétrica de Caxias, e veja que não estamos trazendo à baila a situação que envolve alguns postes da rede que, de tão inclinados e em processo de corrosão, podem a qualquer momento cair sobre residências, veículos e mesmo transeuntes nas ruas. Afinal, como detentora da concessão, a empresa é que tem o dever de procurar estreitar seu contato com a população e inclusive instruí-la quanto aos meios de ajustar-se ao seu modelo de prestação de serviços. Mas essa é uma decisão, convenhamos, que não pode ser tomada por técnicos das operações de campo, e somente por sua mais alta direção.
Em compasso de espera
No cenário político, praticamente nenhuma mudança foi sentida no decorrer da semana. As declarações do vice-prefeito Paulo Marinho Júnior (MDB), de que seguirá ao lado do prefeito Fábio Gentil (PRB) na chapa que ganhou as últimas eleições, põe fim, momentaneamente, às especulações de que o mesmo estaria disposto a fazer uma candidatura solo, ou mesmo buscar outra companhia fora da aliança no poder caxiense. PMJ estaria mais interessado, agora, a chegar ao cargo de deputado federal, dada a posição de primeira suplência em que se encontra. E se isso de fato ocorrer, fatalmente abrirá espaço para outros nomes que só aguardam o momento certo para a postulação, como é o caso da secretária de Políticas para as Mulheres, Aureamélia Soares, do secretário do Trabalho, Fause Simão, ou do secretário de Estado de Turismo, Catulé Júnior, este, no momento, mais preocupado em gerir a pasta que o governador Fábio Dino considera da mais alta importância em sua gestão.
Enquanto isso, o prefeito Fábio Gentil vem colecionando todo tipo de aparições em eventos que se realizam no município. No grande arraial do Parque da Cidade, foi presença marcante em todos os dias dos festejos relativos a São João e a São Pedro. Passou a usar mais as redes sociais, onde posta vídeos, falando deste ou daquele projeto em andamento na sua gestão. E não descuida de nada. Até em procissão de santo é visto carregando o andor.
Já a deputada estadual Cleide Coutinho (PDT), outra eventual postulante à eleição maior de Caxias em 2020, intensifica sua presença e colhe bons resultados com a atuação na Assembleia Legislativa. É assídua nos mais altos escalões do governo estadual. Sua última intervenção na AL, foi apresentar um projeto de lei com seu colega Roberto Costa (MDB), o qual, se aprovado e vier a ser sancionado pelo governador Flávio Dino, permitirá que estudantes da rede pública que comprovem ter estudado o nono ano do ensino fundamental e o ensino médio em escolas maranhenses, quando prestarem concurso ao vestibular da Uema, sejam beneficiados com 20 por cento de bonificação nas provas dos exames vestibulares. A matéria tem sido muito elogiada pela classe política e até nos meios acadêmicos. “Uma distorção que precisa ser reparada”, segundo observou o reitor da UEMA, Gustavo Pereira Costa. Sobre o assunto, a deputada diz que a proposta também exige que o estudante tenha residência fixa no Maranhão, para assegurar que após sua formatura possa servir ao povo do nosso estado.
Mesmo apresentando desenvoltura no mandato que defende pela segunda vez, fontes bem informadas garantem que a deputada não mostra muita disposição quando a conversa é eleição municipal. Dizem que ela pensa na sua saúde, no desgaste natural de quem entra com tudo numa disputa majoritária, ainda que deixe em suas conversas a esperança de que pode apoiar as decisões que seu grupo político venha a tomar, nos próximos meses.
Desabando...!
Cercada de muita expectativa mais uma festa da Velha Guarda Caxiense, evento programado para acontecer entre os dias 21 e 27 de Julho. A despeito do sucesso alcançado pelas últimas edições (o encontro ocorre de dois em dois anos), neste ano a reunião parece que irá superar todas as projeções, dado que o grupo vem intensificando seus contatos através das redes sociais, e esse diálogo sinaliza que muita gente sessentona deve desembarcar em Caxias no período previsto. Um clima de ansiedade e desejo de rever velhos amigos, visitar locais da infância e adolescência permeia o imaginário de muitos caxienses radicados fora da cidade, e isso mantém vivo um sentimento que já não se vê entre os segmentos etários mais novos.
Grupo sob nova direção, à frente a bancária aposentada Glorinha Mousinho Silva, cuja passagem em agremiações como Rotary Club de Caxias e AABB a credenciam como uma organizadora competente, o encontro deste ano deve alcançar o resultado esperado pelo grande número de seus participantes do Whatsap, ansiosos por reencontrar pessoalmente velhos amigos e rever as coisas de Caxias que eram relevantes quando moravam na cidade. Alguns imaginam fazer cordões humanos para abraçar lugares que foram inesquecíveis em suas vidas. Mas rever o velho Cassino Caxiense, segundo prédio localizado na rua Aarão Reis, ponto de encontro de tertúlias, bailes e acontecimentos sociais do passado, não há dúvida, será uma decepção sem precedentes, uma vez que o local, fechado e sem uso, simplesmente está desabando, ruindo, em pleno coração de Caxias. Antes frequentado por um seleto grupo de sócios, a partir da década de 1990 passou a ser aberto a todos os habitantes de Caxias.
A última festa realizada no Cassino foi em 2007, e desde a última comemoração o prédio permanece desativado.
Diante do quadro lamentável, a Prefeitura terá que agir rapidamente, no sentido de recuperar a saneabilidade da área, que atualmente oferece risco à saúde e à segurança de todas as pessoas que circulam por aquele trecho do perímetro central de Caxias, situado por trás do complexo da Associação Comercial e nas imediações de agências bancárias e de dezenas lojas estabelecidas na área. Se optar pela desapropriação da área total do clube (existe lei que dá amparo), o poder público pode simplesmente reconstruí-lo, como o fez a Prefeitura de Teresina com a sede do Clube dos Diários (fica por trás do Teatro 4 de Setembro), agora um espaço público de excelência para eventos do próprio município mafrense, ou simplesmente vendê-lo, com aprovação da Câmara Municipal, pelo melhor preço que beneficie os cofres públicos.
APLAUSOS
# - Aos familiares e a muitos caxienses que estão se compadecendo da situação da jovem Bruna Laiana Sousa da Silva Araújo, de 25 anos de idade, residente no bairro Vila Paraíso, que tem dois filhos e está desempregada, e necessitando fazer uma cirurgia urgente que custa 15 mil reais, para retirada de um tumor na língua.
Quem quiser ajudar na campanha, as doações podem ser realizadas nas contas: Caixa Econômica Federal: Titular: Bruna Laiana Sousa da Silva Araújo - Agência: 0028 – C/C 00044903.7; Banco do Brasil: Titular: Iracema Sousa da Silva (mãe de Bruna) - Agência: 0124-4 –C/C 64.410-2 - Variação da Poupança: 51.
# - À eficiência do trabalho do 2º Batalhão da Polícia Militar do Maranhão, que todos os dias está retirando da ruas armas em circulação no Município de Caxias.
# - À Secretaria Municipal de Infraestrutura, que está dando continuidade aos serviços de recuperação em estradas vicinais da zona rural. Desta vez, foram recuperados aproximadamente 50 Km, beneficiando alguns povoados do 3º Distrito, a exemplo de Capão, Jardim, Canoa I, Canoa II, Condave e Santa Rosa.
DECEPÇÃO
# - Com a insistência de muitas pessoas andarem armadas em Caxias. Por causa disso, numa brincadeira chamada de roleta russa, um jovem de 15 anos faleceu, na semana passada, baleado no rosto, quando o marido de uma tia brincava com uma arma na residência da própria vítima na rua Frei Serafim, no bairro Nova Caxias.
# - Com pessoas inescrupulosas que estão se aproveitando de doações à jovem Bruna Laiana, moradora da Vila Paraíso, e ficando com o dinheiro arrecado para a cirurgia que ela precisa fazer com urgência, para retirada de um tumor na língua.
VAMOS RIR!!!
# - Estressado, o pai disse ao filho: - Se você tirar nota baixa na prova de amanhã, me esqueça!
No dia seguinte, quando o garoto voltou da escola, o pai perguntou: - E aí, como foi na prova?!
Com a fisionomia distante, olhar pensativo, o garoto fala: - Quem é você?!
# - A mulher entra no bar, nua, e pede uma cerveja.
O dono do bar a olha dos pés à cabeça, depois vai ao freezer e pega uma cerveja geladíssima.
Ela toma rapidamente e pede outra.
O dono do bar olha para a mulher, olha, olha, olha, fica olhando, olha e olha de novo,
até que a mulher diz: - " O senhor nunca viu uma mulher pelada, não?!"
E o dono do bar tranquilo responde:- Ver eu já vi, só estou querendo saber de onde você vai tirar dinheiro pra pagar as cervejas!
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