O que te faz caxiense? Até onde você alcança a cidade? Onde, o que faz e quem é você nesse momento? Você faz Arte? Produz e compartilha Culturas? Você apoia, valoriza e respeita a Cultura e quem faz parte dela? Mas realmente, o que é Cultura?

Tudo que vicia começa com C, então Cultura é algo viciante. Não só viciante mas virulenta, contagiosa e que afeta as pessoas de maneiras imensuráveis. Cultura também é sinônimo de direito, de profissão e de trabalho. A maior de todas as artes é a cultura do respeito. Da harmonia sincera, do real interesse e da intensa naturalidade. Cultura é liberdade, coragem, amor e poder.

Cultura não é competição. Tem lugar pra tudo, pra todo mundo e qualquer uma. Cultura se faz em qualquer lugar, em todos os cantos, todos os dias, em cada passo, ideia, visão, em cada certeza, em cada atitude, despretensiosa ou planejada. Cultura não pode gerar se não for o válido, o justo, o coerente e o benéfico. Cultura é cultura, de si, por nós, por si e para nós.

O que você vê como Cultura? Como você vivencia e experimenta essa sensação popular que se concretiza nas mais plurais das manifestações? Cultura é mais que linguagens, habilidades, segmentos e muito além do que podemos cogitar. A Cultura tem fome! Adoece, enlouquece e sangra. Ela tem raiva, ela bebe e se embriaga em seu próprio suor e lágrimas. Nos palcos, nas ruas, nas praças, de baixo das pontes, ou cima tal a estátua.

A Cultura é sua, é minha, é nossa! Ela é livre, é curiosa, ofegante, resistente e imortal. Se regenera, se metamorfeia exangue por entre as veias e os venenos da sociedade. A Cultura é semente de árvore abundante. Cultura é o que você come, assiste, vê, compra, guarda ou joga no lixo. Mas o que de fato é a Cultura se não for um mantra que ecoa, um retalho que costura os seres e seus interesses. Cultura é o que fazemos, o que nos faz, o que nos envolvem e única coisa que temos.