Glória foi aquela que furou a bolha e derrubou o burgau de preconceitos pela própria força de seu braço, talento e competência.
Uma mulher preta.
Como toda mulher, apedrejada em tudo.
Igual toda preta, marginalizada, preterida, sonegada.
Glória não deitou pra essas infames verdades.
Foi além, as enfrentou, sem, aparentemente, se deixar se sentir vitimizada por elas.
A impressão genuína é que ela só queria apenas mostrar ao que veio e àquilo que tão bem sabia fazer.
E, é indubitável que ela soube fazer isso com clara excelência, tendo sido agraciada pelo toque refinado daquilo que toda pessoa pública precisa ter pra ser admirada e amada: carisma!
Com seu talento e carisma, ela acabara por abrir portas e limpar caminhos pra todas as outras mulheres negras que vieram depois dela, nessa tela chamada Televisão, que bordoa de "tem imagem", pessoas quando brancas e do tipo padrão.
Ela foi e alcançou o inimaginável. Teve até rendido ao seu encanto, Michael Jackson, maior astro de todos os tempos.
Ela teve o mundo aos seus pés. O passaporte mais invejado na seara jornalística.
Entre guerras, copas, jogos, cobriu momentos marcantes do Brasil e do Mundo.
Era viva, vívida, cheia de energia!
Uma Maria. Pioneira.
Como toda brasileira, uma guerreira.
Que mostrou pro mundo o quanto foi uma Glória, Gloriosa.
Obrigado por seu legado colossal.
Obrigado por nos ensinar, encantar, emocionar e ter embasbacado o mundo com a maestria de seu talento, cabedal e know-how.
Desse jornalista.
Desse nordestino.
Desse negro.
Gratidão!
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