PUBLICIDADE

Responsive image

Wybson Carvalho

Recanto do Poeta

Sonhar é preciso... “a vida é amiga da arte”... CV


Vez em quando, os homens de mente sã põem-se à imaginação utópica e chegam a realizar viagens sem bagagem material e, somente, em busca de dádivas possíveis. Pois bem!

Há algum tempo, sentado a uma mesa na confraria do Cantarelle, após ter deglutido várias doses do vinho da cana de açúcar, lembrei-me de dois vultos caxienses que, segundo os próprios, foram homenageados, ainda em vida, pela arte da música e da poesia. Trata-se dos saudosos: José Compasso, o Zé Pretinho, e, José Rodrigues de Sousa, o Zé mer..., aquela coisa.

Ambos, por inúmeras vezes, quando freqüentadores assíduos daquela confraria, teimavam em dizer que o músico Jorge Bem e o poeta Carlos Drumond haviam feito a música “A Banda do Zé Pretinho” e a poesia “José”, homenageando-os, respectivamente.

Peguemos, pois, carona na condução dessa viagem e chagaremos à enorme coincidência do comportamento humano de nossos vultos com os trabalhos dos valorosos artistas: o Zé Pretinho possuiu uma banda de música, à base de percussão, corda e sopro, que tocava muito nas festas da zona rural do município de Caxias e, lá, era sempre bem-chegado sendo, ainda, ótimo músico da Lira Municipal e o Zé mer..., aquela coisa, esteve, durante algum tempo, sozinho, sem mulher e com problemas no pulmão e, ainda, protestava à impossibilidade de cuspir ao chão, mas com maestria era ótimo dançarino e dançava a Valsa Vienense nos salões das memoráveis e antigas casas noturnas da cidade: Boite Madri, Casa Amarela e Bagdá.

A única verdade é que, na vida, os singelos homens de parca posse material, mas milionários de espírito alegre em viver, são pretensiosos protagonistas no teatro quase possível da vida e arte. E, assim, ratificam como protagonistas de personagens vivas e afixadas na memória popular de seus conterrâneos, que a “Arte é amiga da vida”, na dimensão terráquea.


Comentários


Colunas anteriores

Poemas a incriminar

Oferta à vida  Haveria prata, ouro e diamantes, se eu preferisse caminhar certo pelos tortos e estabelecidos caminhos pautados em tua ambiência. mas, vesti-me do nada e rumei por veredas aziagas do meu inferno existencial a destruir ilações sobre nosso espaço.   Sentenciado  Inculpado, mas transformado num ser; enfermo, desiludido e tão só… sem horizonte a seguir e com inércia se alimentando de...
Continuar lendo
Data:16/04/2024 22:31

Poemas dantescos

Perdão  Natureza e obra eternas, unicidade ubíqua em onipotência e onipresença, — caí em tentações pecaminosas! livrai-me de insidiosa luz do fogo. mas não me deixeis nas trevas. não sou digno de beber do vinho e comer do pão! porém, lavai-me as feridas com meu próprio sangue, aliviai-me a dor para que sacie a minha própria fé, e, então, salvai-me do que fui ao...
Continuar lendo
Data:09/04/2024 17:21

A Caxias e a mim mesmo

Canção ao exílio    Em minha terra havia palmeiras e o canto dos sabiás. nela, exalava o perfume dos jardins urbanos. dela, ouvia-se a linguagem singela do cotidiano. com a minha cidade crescia a romântica dos poetas…   A inimizade humana passava por sobre ela em eólica turbulência rumo às outras plagas, para derramar-se noutros cenários de ganância existencial.   À minha terra, na...
Continuar lendo
Data:01/04/2024 17:27

PUBLICIDADE

Responsive image
© Copyright 2007-2019 Noca -
O portal da credibilidade
Este site é protegido pelo reCAPTCHA e pelo Google:
A Política de Privacidade e Termos de serviço são aplicados.
Criado por: Desenvolvido por:
Criado por: Desenvolvido por: