Caxias-MA 26/12/2025 23:37

PUBLICIDADE

Responsive image

Wybson Carvalho

Recanto do Poeta

Sonhar é preciso... “a vida é amiga da arte”... CV


Vez em quando, os homens de mente sã põem-se à imaginação utópica e chegam a realizar viagens sem bagagem material e, somente, em busca de dádivas possíveis. Pois bem!

Há algum tempo, sentado a uma mesa na confraria do Cantarelle, após ter deglutido várias doses do vinho da cana de açúcar, lembrei-me de dois vultos caxienses que, segundo os próprios, foram homenageados, ainda em vida, pela arte da música e da poesia. Trata-se dos saudosos: José Compasso, o Zé Pretinho, e, José Rodrigues de Sousa, o Zé mer..., aquela coisa.

Ambos, por inúmeras vezes, quando freqüentadores assíduos daquela confraria, teimavam em dizer que o músico Jorge Bem e o poeta Carlos Drumond haviam feito a música “A Banda do Zé Pretinho” e a poesia “José”, homenageando-os, respectivamente.

Peguemos, pois, carona na condução dessa viagem e chagaremos à enorme coincidência do comportamento humano de nossos vultos com os trabalhos dos valorosos artistas: o Zé Pretinho possuiu uma banda de música, à base de percussão, corda e sopro, que tocava muito nas festas da zona rural do município de Caxias e, lá, era sempre bem-chegado sendo, ainda, ótimo músico da Lira Municipal e o Zé mer..., aquela coisa, esteve, durante algum tempo, sozinho, sem mulher e com problemas no pulmão e, ainda, protestava à impossibilidade de cuspir ao chão, mas com maestria era ótimo dançarino e dançava a Valsa Vienense nos salões das memoráveis e antigas casas noturnas da cidade: Boite Madri, Casa Amarela e Bagdá.

A única verdade é que, na vida, os singelos homens de parca posse material, mas milionários de espírito alegre em viver, são pretensiosos protagonistas no teatro quase possível da vida e arte. E, assim, ratificam como protagonistas de personagens vivas e afixadas na memória popular de seus conterrâneos, que a “Arte é amiga da vida”, na dimensão terráquea.


Comentários


Colunas anteriores

Poesia aos dias atuais

Chuva Lágrimas que caem de um imenso olho azul que, momentaneamente, escurece ao derramar seu pranto sobre o corpo da terra.
Continuar lendo
Data:23/12/2025 21:44

Três poemas ao querer

1. Um cão lestiano e eu Quisera eu ter a liberdade de um cão vadio etranseunte pelas vias públicas,tal qual realidade desapercebidae, dela, somente avistando-se a própria solidão...Mas, tão unicamente entre muitos,sou iminência canina à multidãoque sofre a dor da ferida que causo sem mordere se nega sob o silêncio de um latido,emudecido por minha impossibilidade de ladrá-lo. 2. Valor patrimonial lestiano A pólis deve estar para a história,assim como o esqueletoarma-se para a...
Continuar lendo
Data:16/12/2025 11:56

O ser e a poesia advindos de mim

Minha poesia veste-me com essência sabedora ao interior a mime emudece meu grito ensurdecedor à negação que há nela.é a prisão na qual sou condenadoe estou a extrapolar-me liberto à ambiência alheia.é a imensidão em sal oceânico e chão cáustico, solitariamente desértico...é a diversidade de todas as minhas linguagens artísticas, sem plateia alguma...é a obra que, humildemente, ofereço à humanidade...é o ser a querer-se compartilhado a quem me necessitar...e meus versos?são...
Continuar lendo
Data:09/12/2025 12:06

PUBLICIDADE

Responsive image
© Copyright 2007-2025 Noca -
O portal da credibilidade
Este site é protegido pelo reCAPTCHA e pelo Google:
A Política de Privacidade e Termos de serviço são aplicados.
Criado por: Desenvolvido por:
Criado por: Desenvolvido por: