Caxias-MA 22/11/2024 20:46

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Wybson Carvalho

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Últimas postagens

Gonçalves Dias: Canto do Guerreiro

I Aqui na floresta Dos ventos batida, Façanhas de bravos Não geram escravos, Que estimem a vida Sem guerra e lidar. – Ouvi-me, Guerreiros, – Ouvi meu cantar.   II Valente na guerra, Quem há, como eu sou? Quem vibra o tacape Com mais valentia? Quem golpes daria Fatais, como eu dou? – Guerreiros, ouvi-me; – Quem há, como eu sou?   III Quem guia nos ares A frecha emplumada, Ferindo uma presa, Com tanta...
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Data:08/05/2023 15:28

Gonçalves Dias: Como eu te amo

Como se ama o silêncio, a luz, o aroma, O orvalho numa flor, nos céus a estrela, No largo mar a sombra de uma vela, Que lá na extrema do horizonte assoma;   Como se ama o clarão da branca lua, Da noite na mudez os sons da flauta, As canções saudosíssimas do nauta, Quando em mole vaivém a nau flutua,   Como se ama das aves o gemido, Da noite as sombras e do dia as cores, Um céu com luzes, um jardim com...
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Data:02/05/2023 15:59

Gonçalves Dias: O Canto do Piaga

O' Guerreiros da Taba sagrada, O' Guerreiros da Tribo Tupi, Falam Deuses nos cantos do Piaga, O' Guerreiros, meus cantos ouvi.   Esta noite — era a lua já morta — Anhangá me vedava sonhar; Eis na horrível caverna, que habito, Rouca voz começou-me a chamar.   Abro os olhos, inquieto, medroso, Manitôs! que prodígios que vi! Arde o pau de resina fumosa, Não fui eu, não fui eu, que o acendi!   Eis...
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Data:24/04/2023 09:46

Gonçalves Dias: O Mar

Oceano terrível, mar imenso De vagas procelosas que se enrolam Floridas rebentando em branca espuma Num pólo e noutro pólo, Enfim... enfim te vejo; enfim meus olhos Na indômita cerviz trêmulos cravo, E esse rugido teu sanhudo e forte Enfim medroso escuto!   Donde houveste, ó pélago revolto, Esse rugido teu? Em vão dos ventos Corre o insano pegão lascando os troncos,   E do profundo abismo Chamando à...
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Data:18/04/2023 05:31

Gonçalves Dias: Marabá

Eu vivo sozinha; ninguém me procura! Acaso feitura Não sou de Tupá? Se algum dentre os homens de mim não se esconde, — Tu és, me responde, — Tu és Marabá!   — Meus olhos são garços, são cor das safiras, — Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar; — Imitam as nuvens de um céu anilado, — As cores imitam das vagas do mar!   Se algum dos guerreiros...
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Data:10/04/2023 07:11

Gonçalves Dias: Olhos verdes

Eles verdes são: E têm por usança Na côr esperança, E nas obras não. CAMÕES, Rimas   São uns olhos verdes, verdes, Uns olhos de verde-mar, Quando o tempo vai bonança; Uns olhos cor de esperança, Uns olhos por que morri;  Que ai de mi! Nem já sei qual fiquei sendo  Depois que os vi!   Como duas esmeraldas, Iguais na forma e na cor, Têm luz mais branda e mais forte, Diz uma...
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Data:03/04/2023 15:20

Gonçalves Dias: Seus olhos

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros, De vivo luzir, Estrelas incertas, que as águas dormentes Do mar vão ferir;   Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros, Têm meiga expressão, Mais doce que a brisa, — mais doce que o nauta De noite cantando, — mais doce que a frauta Quebrando a solidão.   Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros, De vivo...
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Data:28/03/2023 15:33

Gonçalves Dias: A escrava

O biem qu’aucun bien ne peut rendre, O Patrie, ó doux nom que l’exil fait comprendre! Marino Faliero   Oh! doce país de Congo, Doces terras d’além-mar! Oh! dias de sol formoso! Oh! noites d’almo luar!   Desertos de branca areia De vasta, imensa extensão, Onde livre corre a mente, Livre bate o coração!   Onde a Ieda caravana Rasga o caminho passando, Onde bem longe se escuta As vozes que vão...
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Data:20/03/2023 09:44

Gonçalves Dias: Como eu te amo

Como eu te amo Como se ama o silêncio, a luz, o aroma, O orvalho numa flor, nos céus a estrela, No largo mar a sombra de uma vela, Que lá na extrema do horizonte assoma;   Como se ama o clarão da branca lua, Da noite na mudez os sons da flauta, As canções saudosíssimas do nauta, Quando em mole vaivém a nau flutua,   Como se ama das aves o gemido, Da noite as sombras e do dia as cores, Um céu com luzes, um...
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Data:13/03/2023 16:26

Gonçalves Dias: Ainda uma vez - Adeus

I. Emfim te vejo! — emfim posso, Curvado a teos pés, dizer-te, Que não cessei de querer-te, Pezar de quanto soffri. Muito penei! Crúas ancias, Dos teos olhos afastado, Houverão-me acabrunhado, A não lembrar-me de ti!   II. D’um mundo a outro impellido, Derramei os meos lamentos Nas surdas azas dos ventos, Do mar na crespa cerviz! Baldão, ludibrio da sorte Em terra estranha, entre gente, Que alheios males não...
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Data:06/03/2023 16:43


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