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Wybson Carvalho

Recanto do Poeta

Gonçalves Dias: Caxias


Quanto és bela, ó Caxias! - no deserto,

Entre montanhas, derramada em vale

De flores perenais,

És qual tênue vapor que a brisa espalha

No frescor da manhã meiga soprando

À flor de manso lago.

 

Tu és a flor que despontaste livre

Por entre os troncos de robustos cedros,

Forte - em gleba inculta;

És qual gazela, que o deserto educa,

No ardor da sesta debruçada exangue

À margem da corrente.

 

Em mole seda as graças não escondes,

Não cinges d'oiro a fronte que descansas

Na base da montanha;

És bela como a virgem das florestas,

Que no espelho das águas se contempla,

Firmada em tronco anoso.

 

Mas dia inda virá, em que te pejes

Dos, que ora trajas, símplices ornatos

E amável desalinho:

Da pompa e luxo amiga, hão de cair-te

Aos pés então - da poesia a c'roa

E da inocência o cinto.


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