Caxias-MA 24/11/2024 03:46

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Sílvio Cunha

Caxias, Política e Sociedade

Chegando a hora de decidir pelo melhor


Está chegando a hora do eleitorado caxiense decidir pelo melhor, se quiser ver sua cidade em desenvolvimento, com mais oportunidades de trabalho, enfim, avançando para o futuro. Mas isso só acontecerá se ele souber eleger pessoas que realmente tenham interesse e compromisso com o progresso do município.

Andando pela área urbana e zona rural de Caxias, o que se assiste, à essa altura da campanha eleitoral de 2022, faltando 23 dias para o pleito de 02 de outubro, é o trabalho de formiguinha dos cabos eleitorais, tentando cooptar eleitores para quem eventualmente trabalham. 

Vislumbrando esse cenário, o eleitor tem de ficar atento, cabreiro mesmo, sobretudo procurando compreender que os agentes eleitorais que o rodeiam certamente têm interesses próprios que, às vezes, não se coadunam com a vontade dele e da grande maioria da população. 

Aqui em Caxias, por exemplo, diante das muitas demandas que a comunidade reivindica a todo o momento, não interessa votar em quem não tem compromisso com a terra. Isso porque todo mundo sabe que voto dado a pessoa de fora invariavelmente só servirá para beneficiar o município de origem do candidato paraquedista que chegar por aqui.

Nas últimas eleições, a terra de Gonçalves Dias votou em peso na reeleição do prefeito Fábio Gentil (PRB). Foi uma demonstração de apoio ao trabalho que ele vem realizando na cidade, o qual, mesmo diante das adversidades da economia e da pandemia, ele se esforça para oferecer sempre o melhor para a população. 

Mas o prefeito sabe que não basta apenas a sua vontade de trabalhar para o município conquistar seus objetivos. Ele sabe que precisa de aliados, quadros da sua confiança, no Congresso Nacional, na Assembleia Legislativa do Maranhão, para resolver as grandes demandas que a cidade requer.

A pedida do momento, que não é de agora, é a instalação de um aterro sanitário apropriado para a cidade. Devido à emanação diária de fumaça tóxica espontânea nas épocas de temperaturas mais elevadas, a exemplo deste mês de setembro, os caxienses já não querem mais ouvir falar em Lixão do Teso Duro, hoje, seguramente, o maior vetor propagador de doenças a todas as faixas etárias.

Contudo, obras desse quilate, assim como a revitalização do riacho do Ponte, a fim de incrementar mais o turismo e oportunidades de emprego, ou expandir a rede de saneamento e de tratamento de esgotos, preventivos no quesito saúde, são investimentos muito caros para a administração pública sozinha demandar. Desse modo, o prefeito passou a focar na necessidade imperiosa de Caxias contar com quadros no Congresso Nacional, na Assembleia do Maranhão e no governo do Estado.

Um desentendimento no seio do seu grupo político, mais por conta de falta de compatibilidade às opções políticas que a gestão municipal tinha à disposição, levou FG a procurar eleger a própria filha, a jovem Amanda, com a tarefa de ajudá-lo, a partir da Câmara Federal, a administrar a cidade até o fim do mandato, em 2024.

 Apostando na aliança política que firmou com o ex-governador Flávio Dino (PSB), hoje candidato a senador, e com a reeleição do governador Carlos Brandão (PSB), o alcaide só tinha mesmo a opção do nome da filha para lançar à Câmara dos Deputados nas próximas eleições. Outro quadro, mesmo que identificasse como apoiador valioso em eleições passadas, não poderia estar no seu jogo, e isso simplesmente para não quebrar a nova aliança que foi formada e que considera fundamental para as coisas continuarem funcionando no município.

Para dar uma ideia do que está em questão, basta lembrar o que fez o prefeito Humberto Coutinho, quando logrou apoiar Flávio Dino para deputado federal. HC tanto aproximou Dino a Caxias, que o então deputado recebeu o título de cidadania caxiense. E assim, como o filho dileto da terra que passou a ser, o deputado proporcionaria à cidade o maior e mais ousado programa de moradias populares da região.

Por entender que o antigo gesto HC tinha que ser reeditado por sua iniciativa, FG se integrou ao grupo de Flávio Dino, e logo também ao governador Carlos Brandão. Mas Brandão, que é natural de Colinas e já detém cidadania caxiense, não chegou a Caxias por acaso, dado que sua família sempre manteve laços bem estreitos com o município, e vem se movendo com muita satisfação para as coisas que digam respeito à nossa região. Quer dizer: uma ação se somou logo a outra benéfica para Caxias, e o apoio à cidade logo voltou a fluir, após FG embarcar na nau capitaneada por Brandão e Dino.

Disposto até a ficar sem mandato em 2024, para não deixar, por qualquer motivo, a nova aliança se quebrar e isso ser prejudicial ao município, Fábio Cabeludo trabalha da melhor forma com a possibilidade de transferir a grande soma de votos que recebeu nas últimas eleições. 

Portanto, para ser realista, está nas mãos dos próprios caxienses o destino da cidade. É hora também de ser até bairrista, porque o que está em disputa é o bem-estar do município. Entender que, para Caxias ter um representante na Câmara dos Deputados, em Brasília, é preciso votar maciçamente em quem possa estar aliado ao grupo que administra a cidade. 

Por isso, entregar votos a quem não se enquadra na equação, é o mesmo que assinar em embaixo de um processo de fracasso às nobres pretensões da Princesa do Sertão Maranhense na atual conjuntura estadual, e isso é um preço que a cidade não está em condições de arcar.

O grupo do prefeito Fábio Gentil também concentra bons nomes à próxima assembleia estadual. O jovem Catulé Jr. (PSB), que foi impecável como secretário de Estado de Turismo, deseja imprimir avanço à cidade, e a deputada estadual Daniella (PSB), que assumiu a cidadania caxiense, e quer se reeleger. Como outro nome de peso, correndo por fora, há também o deputado Adelmo Soares (PSB), que não está na chapa, mas concorre pelo grupo do governador Brandão e de Flávio Dino.

Em suma, o eleitorado de Caxias tem que entender que o melhor é votar nas pessoas identificadas com o torrão natal. Porque depois, passadas as eleições, se não houver sucesso, com certeza serão quatro anos de estagnação e menos oportunidades para todos, sem falar no desprestígio a que o município será submetido.


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