Com praticamente todos seus atores já definidos para a grande peça teatral que se realizará no próximo dia 4 de outubro, o eleitorado caxiense da atualidade terá à sua disposição talvez o maior número de candidaturas intimamente ligadas à nossa Princesa do Sertão Maranhense concorrendo ao pleito eleitoral deste ano de 2022.
Se os nativos Paulo Marinho Júnior (PV) e Amanda Gentil (PRB) disputam vaga para a Câmara Federal, e Catulé Júnior (PSB) e Cláudia Coutinho (PDT), que têm também o umbigo enterrado aqui, almejam estar na Assembleia do Maranhão, o mesmo é possível dizer-se de Flávio Dino (PSB), que quer vaga no Senado, Carlos Brandão (PSB), o governo estadual, e Daniella, a reeleição de deputada, já que os três fazem parte da nossa irmandade, uma vez que foram distinguidos com o título de cidadania honorária, e, como tal, são portadores da mesma responsabilidade com a cidade e seus habitantes.
Adelmo Soares (PSB), que postula reeleição para a ALEMA, é uma exceção por ter nascido na Paraíba, mas indiscutivelmente ninguém pode negar-lhe o direito de falar por Caxias, já que aqui cresceu, estudou, formou família, mantém residência e até pouco tempo atrás foi secretário municipal, fez parte da bancada de vereadores da Câmara, cargo que deixou para assumir a Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e, depois, assumir vaga na assembleia estadual.
Então, será um pleito em que caxienses de coração têm todas as condições de, eleitos, trabalharem pelo desenvolvimento do município, ora relegado a posições inferiores no panorama estadual , em que pese sua marcante presença na história do Maranhão e do Brasil, dado ao desprestígio a que foi relegado pela perda de antigos quadros políticos que lhe davam sustentação.
Tentando se adaptar aos novos tempos administrativos, econômicos, endêmicos e pandêmico, o prefeito Fábio Gentil (PRB), reeleito com cerca de 80% dos votos válidos no último pleito, batalha para retomar a pujança de outrora do município, agora pelo viés do turismo, que talvez seja um cabeça de ponte, como se diz no jargão militar, a respeito de um ponto de partida sólido para vencer-se uma guerra, que, por aqui, sem sombra de dúvidas, consiste em melhorar a infraestrutura do município e atrair investimentos para favorecer empregos ao povo, de um modo geral, mas sobretudo aos jovens que concluem seus estudos técnicos, ou mais especializados nas faculdades locais.
O pleito de 2022 certamente será histórico para a cidade com tantos candidatos da cidade, e será também muito difícil para quem pretender aportar por aqui em busca de voto, como se assistiu em eleições anteriores. Gente que veio à Caxias com conversa para criança dormir, se elegeu, e depois nunca mais deu o ar da graça ou direcionou alguma emenda parlamentar para a cidade.
Por outro lado, nossos candidatos têm que levar em conta que nosso município já começa a se inserir como área de cultura de soja, um investimento que demanda boas estradas vicinais para escoamento da produção, problema que, por sinal, tem sido alvo de pesadas reivindicações de nossos trabalhadores rurais que trabalham na nossa sofrível agricultura familiar carente de tecnologia e conhecimento.
Para que não ocorra um êxodo rural massivo no interior de Caxias, piorando ainda mais as condições da cidade que assiste a um crescimento desordenado de bairros por toda a parte, será imprescindível preparar nosso trabalhador rural a conviver com o processo de monocultura que coloca em segundo plano os alimentos básicos a serem oferecidos à população e que ainda chegam por aqui importados de outras regiões nordestinas, assim como do restante do país.
É bem verdade que não vingou o programa dos anos 1990 de atração de novas indústrias para Caxias. Tudo ficou apenas na Schincariol, hoje Heineken, que pouco emprega e goza de isenção de impostos. Muito menos o Distrito Industrial implantado na última gestão da governadora Roseana Sarney. Entretanto, a hora é de manter a esperança elevada, de pensar-se em edificar algo mais promissor, como, por exemplo, a instalação de um porto seco, visando receber e distribuir a produção, não somente de Caxias, mas de toda a região fronteiriça conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Além de restabelecer as perdas que a cidade sofreu nos últimos anos, perdendo INSS, Receita Federal, Ministério do Trabalho, etc..., os eleitos por Caxias têm a obrigação de trabalhar pela recuperação total do riacho do Ponte e sua magnífica piscina de alto valor para o incremento do turismo, pela instalação de um aterro sanitário para acabar com o lixão do bairro Teso Duro, e, por que não, a instalação de um porto seco, já que nossa região dispõe de estrada de ferro e rodovia federal, ambas de fácil movimentação e locomoção para o porto do Itaqui, o porto mais estruturado deste quadrante do país?
Tais necessidades de Caxias não são sonhos de difícil realização. Basta que a cidade, a exemplo do passado, tenha quadros políticos nas variadas esferas de poder, para lhe dar sustentação e direcionar projetos de desenvolvimento.
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