Caxias-MA 21/08/2025 16:51

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Sílvio Cunha

Caxias, Política e Sociedade

O vírus que sobrevive por nossa ignorância


Acreditando, ou não, o caxiense tem que se conscientizar que a variante ômicron do covid-19 está no município, e a prova disso está na estatística dos casos registrados desde o final do mês de dezembro passado. Estamos no final de janeiro e o boletim diário da prefeitura nos informa que os casos estão aumentando no município e região, dentro de uma média de 40 constatações por dia. Na última quarta-feira, 26, 418 pessoas eram casos ativos, 21 destas estavam internadas e a ocupação de leitos hospitalares em Caxias situava-se no patamar de 62%, um quadro preocupante, sem dúvida.

Mesmo com o bombardeio diário de informações da mídia, pedindo toda cautela às pessoas, ainda assim estão por aí os incautos da vida, para não dizer irresponsáveis, circulando como se a malfadada pandemia que obscureceu todas as atividades do país, nos últimos dois anos, tivesse ido embora. Inconscientemente suicidas, apegados a ideologias, pensando apenas em proveito próprio e odiando de morte quem não pensa e interpreta a vida como uma dádiva comum a todos,  alguns, além de desprezarem a própria saúde, também cuidam diligentemente para que as crianças sob suas guardas fiquem à margem da vacinação, crime de enormes proporções, já que crianças não podem decidir sobre algo tão complexo em suas mentes em formação.

Por outro lado, é bem verdade que as autoridades relaxaram um pouco e permitiram que as pessoas organizassem aglomerações no período do Natal e festas da passagem de ano. Após dois anos de restrições, e diante de uma queda acentuada de casos, houve euforia em avaliar que a pandemia estava indo embora. Não! A crise sanitária ainda não foi embora! Apenas mudou de nome para apanhar quem não dá importância em cumprir o ciclo vacinal estabelecido pelas autoridades médicas, que são duas doses de imunizante e mais uma terceira de reforço. 

Vacinada plenamente, a pessoa pode até contrair o vírus, mas seu corpo estará mais protegido de uma eventual evolução da enfermidade. É uma observação dos médicos em todo o mundo, especialmente onde a pandemia recrudesceu nos últimos meses, seja na Europa, nos Estados Unidos, na Ásia etc., inclusive acompanhada por uma nova variante gripal que concorre mais para piorar o quadro de saúde dos acometidos. 

Olhando para a realidade, o prefeito Fábio Gentil baixou decreto restringindo as festas do carnaval de 2022, temendo que a folia momesca possa inviabilizar o atendimento hospitalar da cidade. A vacinação prossegue nos postos de saúde, contemplando agora até crianças com mais de cinco anos. Mas, nesta semana, a Câmara Municipal e vários setores da prefeitura fizeram a desinfecção de prédios e entraram em quarentena de dez dias por causa de servidores infectados, dentre estes a jovem secretária municipal de governo, candidata a deputada federal, Amanda Gentil. 

Você não vê, ninguém vê, mas o coronavírus está por aí à procura de vítimas, e não faz distinção alguma sobre situação financeira ou posição social de quem quer que seja. E se a pessoa estiver fraca, ele pode até perder o hospedeiro, mas o leva para o cemitério.

Portanto, insistindo em não rever suas posições, mostrar mais humildade diante de uma situação que é da maior gravidade para a raça, os negacionistas, em vez de estarem se protegendo, se isolando, acabarão sendo os protagonistas do paradoxo que os levará a deixar a vida e o modo de viver que tanto prezam. 

Assim, é melhor correr logo para o posto de vacinação mais próximo e ao mesmo tempo respeitar o protocolo sanitário, pelo bem de todos, já que o coronavírus não faz a menor questão de avaliar quadros de ideologia, religião ou outra invenção humana. Indiferente, ele sobrevive da nossa própria ignorância. 


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