Caxias-MA 21/08/2025 16:51

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Sílvio Cunha

Caxias, Política e Sociedade

Prevenir é melhor do que remediar


A Prefeitura de Caxias fez o dever de casa e se antecipou oportunamente aos problemas que poderão surgir no município com as cheias de rios e riachos advindas das fortes chuvas que estão caindo nesse início do ano. Agindo preventivamente, a Defesa Civil já remanejou cerca de 25 famílias eventualmente ameaçadas pelo rio Itapecuru, nos bairros Galeana e Salobro, e prontamente acolheu e resolveu dificuldades encontradas por moradores dos povoados Porto do Paiol e Santa Rita, situados na área de entorno da divisa com Matões e Parnarama. 

Em que pese haver disponibilizado escolas para alojar desabrigados, apenas duas famílias da zona rural fizeram opção pela medida, enquanto o restante, tanto na cidade quanto no interior, preferiu o abrigo de moradias de familiares. 

O prefeito Fábio Gentil (Republicanos) tem visitado os locais inundados e oferecido a ajuda que a prefeitura dispõe, inclusive doando cestas básicas para esses desabrigados. No entanto, as diligências mostram que as autoridades da área já estavam preparadas para as eventualidades da estação das chuvas, o que é muito bom, talvez um aprendizado herdado da época em que as queimadas fizeram um estrago muito grande em povoações do interior do município.

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Ação preventiva da Defesa Civil no bairro Galeana, no centro de Caxias.

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Em Porto do Paiol, moradores recebem ajuda para o transporte de pertences.

A atuação, por certo elogiável, não esconde, porém, o fato de que são os nossos próprios moradores, as vítimas, que mais concorrem a se tornarem protagonistas de catástrofes anunciadas. Na época dos fogos que irrompiam na mata seca do sertão gonçalvino, os especialistas conseguiram a atenção dos moradores rurais para não insistirem na cultura de atear fogo para limpar suas propriedades, e essa orientação rendeu frutos, pois há muito tempo não se ouve falar de casa que pegou fogo na zona rural. Mas agora, na época de chuvas, a situação é diferente, simplesmente porque muitas pessoas insistem em edificar moradias nas proximidades de leitos de rios e riachos, em encostas de morros, e mesmo em áreas de córregos sazonais que foram ocupadas pela urbanização cada vez mais crescente em Caxias.

Assisti no início da semana a um comentário da jornalista Eliana Cantanhede, em Brasília, no qual ela deixou claro que as catástrofes anunciadas se sucedem no país, pois agora estão em Minas Gerais, em Mato Grosso, no Tocantins, na Bahia etc - e também no nosso Maranhão, nas cidades de Imperatriz, Barra do Corda, Grajaú e Mirador -, porque não há calendário preventivo para nada em nosso país, tanto na esfera do governo federal, assim como nos estados e nos municípios. 

O episódio lamentável de Brumadinho e suas vítimas ainda reverbera no ar e, no entanto, em Minas, novos diques este ano estão se rompendo ou sob ameaça de romper a qualquer momento, em razão das fortes chuvas que banham o sudeste brasileiro. Caxias está obtendo êxito porque, ressabiados, nossos técnicos há muito já haviam se preparado para fatos dessa natureza, enquanto em outros lugares assiste-se os dramas se repetindo, que logo são esquecidos e remetidos para outra oportunidade futura sem qualquer forma de planejamento preventivo.

Nesta quarta-feira, 12, um bairro inteiro de classe média estava sob as águas do rio Tocantins, em Imperatriz. Edificado em loteamento privado, sua administradora vivencia agora o pesadelo de atender sua clientela apenas com atividades de remanejamento e transporte de móveis e eletrodomésticos, sem poder fazer nada para prevenir o que poderá acontecer futuramente na área, face à extensa e baixa planície na qual o empreendimento está assentado à margem do majestoso rio. Claro que os inquilinos foram seduzidos pela ideia de morar luxuosamente à beira do Tocantins. Entretanto, nenhuma autoridade daquele município tentou impedir a instalação do habitacional, embora quem viva por lá saiba que as margens do Tocantins estão sempre suscetíveis a grandes e perigosas enchentes.

Mesmo com as providências tomadas, os ribeirinhos de Caxias serão incomodados pelas enchentes neste ano. Nesta sexta-feira, de acordo com a Defesa Civil, o rio Itapecuru deverá superar em mais de um metro a sua cota máxima de transbordo na cidade, que é de seis metros de altura, segundo planilha do Sistema de Alerta de Eventos Críticos do Governo Federal.

A título de orientação, a Equatorial Energia tem distribuído informações à nossa população, observando que nesse cenário de grande incidência de chuvas, ventanias e descargas atmosféricas, é preciso ter atenção redobrada contra os perigos com a energia elétrica e tudo que a ela estiver relacionado, seja nas residências ou em eventos como quedas de árvores, pistas molhadas e danos nas redes de distribuição, a exemplo de queba de postes e rompimentos de cabos elétricos.

Doação de sangue

Os vereadores e vereadoras, mesmo em recesso até o dia 02 de fevereiro vindouro, decidiram se integrar à campanha por doação de sangue às unidades médicas do município, cujos estoques estão extremamente baixos em Caxias, ao ponto de dificultar a realizações de cirurgias na cidade. Na terça-feira, 18/01, das 8 às 16 horas, a sede do Legislativo Municipal será um local de doação de sangue aberto aos seus servidores e ao público em geral. 


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