Na semana passada os vereadores e vereadoras de Caxias foram surpreendidos com postagens nas redes sociais desfavoráveis ao trabalho que realizam, na atual legislatura, para a população do município. A deixa para as queixas foi a atenção que os edis dispensaram às pessoas que utilizam som automotivo, que muitos veem como elementos marginais na sociedade, sem levar em conta que a grande maioria é formada por trabalhadores que sustentam suas famílias com a atividade de alugar seus equipamentos e geram empregos.
Na verdade, em relação aos chamados paredões de som, o que existe de fato é uma atividade econômica que não pode ser deixada de lado só porque algumas pessoas não admitem o seu estilo de vida, que por sinal se apoia em investimentos consideráveis. Que o digam os empresários que trabalham atendendo o ramo, que já são muitas na cidade, isso sem falar que a turma do som automotivo se organizou para reivindicar um espaço físico para suas reuniões, obviamente dentro da legislação que rege o assunto, que por sinal é rigorosa para eles. Além do mais, os vereadores estão lá no parlamento é para acolherem e tentarem resolver as demandas da população.
Quando se atenta para manifestações dessa natureza, de cunho depreciativo contra uma classe, é que se pergunta se o interlocutor sabe do que está falando ou conhece, por exemplo, o trabalho da vereança local, que por sinal se assenta hoje sobre uma bancada renovada e jovem.
O vereador Ricardo Rodrigues (PT), líder do governo no parlamento, um caxiense genuíno com origens na zona rural, homem de rádio e de televisão, ressaltou outro dia que, surpreendido com as grosserias de uma pessoa contra o trabalho dos vereadores, apenas perguntou ao queixante se ele algum dia tinha ido à Câmara Municipal, ou assistido pelas redes sociais, as sessões que, com certo recrudescimento da pandemia do covid-19, voltaram a se realizar às segundas e quartas-feiras, agora no horário da manhã. Seu interlocutor, simplesmente, ficou calado e mudou de assunto.
Pois é, para falar de algo que acontece na cidade, é preciso, antes, pensar no que vai dizer, para não acabar mudo como a pessoa que abordava o trabalho da Câmara ao vereador Ricardo Rodrigues.
Por iniciativa do presidente Teódulo Aragão (PP), ele mesmo um dos parlamentares mais propositivos da casa, projetos de lei, resoluções, indicações e requerimentos são protocolados às dezenas toda semana na Câmara. Para quem é desinformado, é para fazer isso que os vereadores foram eleitos como representantes do povo, serem os mediadores e intermediários das reivindicações populares. Enquanto legislam, isto é, produzem leis que melhoram a vida da comunidade, são eles que todo dia estão na porta da gestão municipal batalhando pelo atendimento das demandas da população.
Cientes dos problemas que acontecem no município, nunca se assistiu a uma pressão tão contundente para os problemas na zona rural quanto agora. Ora é reivindicação por energia de qualidade, recuperação de estradas deterioradas, construção de pontes e até mesmo a inclusão de um padrão mais urbanístico nos povoados, através de reivindicações por mais escolas de qualidade, praças com academia ao ar livre, enfim, coisas que são comuns no dia a dia das pessoas citadinas.
Ao longo da semana os vereadores retomaram a questão do lixão da cidade e avançaram para a construção do aterro sanitário que, finalmente, por um bom período de tempo, irá resolver esse aspecto do saneamento em Caxias. Do âmago das discussões, veio à luz que o processo do aterro já está em franco andamento na prefeitura, em nível final de licitação, e que o investimento, por ser de alto vulto e para não prejudicar as receitas municipais, sairá de uma parceria público/privada que está sendo lapidada pelo prefeito Fábio Gentil.
Na quarta-feira que passou, a Câmara deu um passo mais importante dentro da nova política por uma maior interação com a comunidade, trazendo para o contexto do poder, por meio de palestras e outras ações a serem implementadas no correr do mês, a Campanha Setembro Amarelo, dedicada à prevenção do suicídio, no interesse de conscientizar as pessoas sobre a enfermidade da depressão, uma doença silenciosa, perigosa, e bem mais evidenciada agora com a presença da pandemia em solo brasileiro. Mas essa interação com os diversos segmentos da sociedade não se restringirá apenas durante o Setembro Amarelo. Será permanente por todo o restante da legislatura, porque a casa quer ouvir e sentir de perto a participação de todos os caxienses.
Na semana que passou, a mesa diretora do parlamento convocou, através de edital, por solicitação da Comissão Permanente de Transporte, Comunicação, Energia, Segurança e Defesa do Consumidor, a empresa Equatorial Energia para uma audiência público no próximo dia 13 de setembro, quando serão equacionadas as demandas da população com a concessionária de energia elétrica no município.
E oferecendo uma demonstração de que trabalha em todas as frentes, uma resolução, de autoria dos vereadores Teódulo Aragão e Charles James (Solidariedade), instituiu o Programa Parlamento Jovem no âmbito da Câmara Municipal, com a finalidade de possibilitar aos alunos de escolas públicas e particulares do ensino médio, a vivência do processo democrático mediante participação em uma jornada parlamentar na CMC, através do exercício de mandato.
Portanto, para confrontar as ações do legislativo municipal, primeiro é preciso ir à casa, a fim de saber como está indo o trabalho do seu vereador escolhido nas últimas eleições.
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