Por iniciativa do presidente da Câmara Municipal de Caxias, vereador Catulé (Republicanos), todos os candidatos aprovados no último concurso público da Prefeitura de Caxias, que ainda não foram chamados, ganharam mais dois anos, a partir de janeiro de 2021, para aguardarem suas convocações em lista de espera.
Caso o vereador não tivesse tomado a iniciativa de prorrogar a validade do concurso, por intermédio de um projeto de lei de sua autoria aprovado por unanimidade na noite da última segunda-feira, 30, o prazo do certame estaria consumado no final deste ano, prejudicando inapelavelmente os concursandos selecionados.
A pandemia, que trouxe enormes prejuízos à cadeia produtiva do país, interrompeu também nos últimos meses qualquer contratação do gênero por parte da prefeitura local, aumentando o estado de angústia de quem buscou no emprego público a sua realização de vida. Então, agindo de forma decisiva no interesse dos classificados, até por uma questão de justiça, Catulé fechou suas proposições do ano com atuação em alta no legislativo caxiense, demonstrando à comunidade e aos 12 novos edis que irão assumir a nova bancada da Câmara de Vereadores, em 1º de janeiro, como se deve agir dentro do Plenário Edson Vidigal, ou seja: produzindo iniciativas que resultem em benefício efetivo da comunidade.
O presidente da Câmara, com toda certeza, aliviou a pressão que o prefeito Fábio Gentil (Republicanos) vinha enfrentando em relação ao último concurso público, tema muito explorado pela oposição durante a campanha eleitoral. Agora, Cabeludo passa a ter tempo de sobra para por em prática o seu projeto de renovação dos quadros do funcionalismo público municipal. Se não foi a esperada convocação dos aprovados que ainda não foram chamados, pelo menos a medida agora oferece alívio e esperança aos que aguardavam o chamamento já sem maiores esperanças de obtê-lo.
Após 32 anos de intensa vida política em Caxias, Catulé faz história e consolida sua importância ao ser reconduzido mais uma vez à CMC, levado por uma montanha de votos que o alçou à condição de segundo mais votado no pleito, uma conquista que para ele foi de enorme significado, haja vista, conforme tem dito, não contou com o apoio de forças de dentro da gestão municipal.
Segundo ele, o encerramento da última campanha eleitoral foi o mais tranquilo que já atravessou ao longo de muitos anos em que participa da política de Caxias; tem também o firme entendimento de que a democracia coroa e enaltece os que trabalham pelo povo, dizendo: “Todo político que trabalha por sua gente, por sua terra, ganha o prêmio da renovação dos seus mandatos”.
E, mesmo se dizendo incomodado com a ausência de um terço dos parlamentares na última sessão do ano e da 18ª legislatura, ele elogiou a postura assumida pelos vereadores da casa, inclusive dos que não renovaram o mandato, afirmando em plenário: “Não assistimos nenhum ato que possa desabonar os parlamentares desta casa durante a campanha. Na eleição prevaleceu a voz do povo, que é a voz de Deus. Em 16 de novembro, um dia depois do pleito, os ânimos foram desarmados em Caxias. Espero que tudo prossiga no mesmo clima no próximo ano. O maior juiz é o povo. Ele é quem determina quem vem e quem vai, embora alguns recebam o resultado das urnas com alguma indignação”.
E, continuando, com um tom de recado que só os parlamentares decanos podem fazer, dirimindo qualquer dúvida sobre o verdadeiro papel do vereador: “O vereador tem que saber o que vem fazer aqui, nesta casa. Tem que saber as suas atribuições. Aqui é o coração da cidade. Se esta casa funcionar ruim, a cidade ficará ruim. Se funcionar bem, o município melhora. Tudo o que acontece no município tem que passar por esta casa. O prefeito, para se ausentar da cidade, tem que pedir autorização à Câmara; para fazer empréstimo ou aprovar projetos para a população, também. Eu espero, no próximo dia 1º de janeiro, ter que repetir este discurso, porque muitos esquecem os problemas de nossa cidade. Aqui é a caixa de ressonância. Espero que todos entendam que esse mandato não pertence a nós, pertence ao povo, e que a subserviência não é a coisa mais acertada para esta casa funcionar”.
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