O episódio que tolheu a iniciativa do pré-candidato Luís Carlos Moura de concorrer pelo Partido Social Liberal (PSL) à Prefeitura de Caxias, no próximo pleito eleitoral, na semana passada, dá-nos a posição exata do nível em que se situa a política no território brasileiro, e dizemos brasileiro, porque com raríssimas exceções é o que costuma prevalecer na sociedade contemporânea em que vivemos. Partidos políticos no país estão aí para bancar negócios e pôr as mãos nos fundos eleitorais.
É uma rematada tolice acreditar em postulados ideológicos partidários, em compromissos afiançados pela palavra dada e até mesmo homologados em cartório, com as firmas devidamente reconhecidas dos signatários. Infelizmente, o que prevalece é a cínica movimentação dos jogadores que estão no jogo, onde o norte invariavelmente é o comportamento do “toma lá... dá cá...”. Sem o menor despudor, as lideranças das agremiações estão sempre a postos para negociar vantagens financeiras, fazendo crescer a massa do decantado bolo vendido com o nome de corrupção.
No caso de LCM, a direção do PSL maranhense desembarcou na cidade e fez mobilizar a sociedade local no auditório da Academia Caxiense de Letras, onde, em meio a pompa e circunstância, estabeleceu os interesses e os valores da agremiação política cujo maior feito foi ter servido de base de sustentação para a campanha do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro.
O grande mote do partido naquela ocasião era evidenciar-se como um consórcio a combater o vício da corrupção, como se o gesto tivesse o poder de desalojar imediatamente paixões como o egoísmo, o orgulho e a mentira, três dentre outras muitas insinuações que insistem em diminuir o propósito da vida humana, entendendo-se o ser humano como uma dádiva da natureza sábia, detentor de todos os requisitos para desenvolver-se com desenvoltura nos planos sentimental e racional, seguramente os dois pilares fundamentais para progressão da vida em todos os níveis no planeta terra.
Com o fechamento da janela que permitia que as candidaturas mudassem de partido, restou ao advogado Luís Carlos, para não se sentir ele mesmo execrado de si mesmo, procurar abrigo na legenda local do Partido da Mulher Brasileira (PMB), onde diz que concorrerá, finalmente, à próxima reeleição majoritária, sozinho e sem mesmo contar com o apoio dos quadros que o cercavam, que logo procuraram outro barco para navegarem nos rios e igarapés da política caxiense. Seu vice, empresário Pedro Barros, migrou rapidamente para o MDB, onde já faz dobradinha na chapa com César Sabá, e ainda levou, de quebra, o professor Arimatéa, um dos fundadores do PSL caxiense.
Situações como essas são mais comuns do que se pensa hoje na vida nacional, e são um acinte para quem sonha em ver um país melhor, com uma economia salutar e progressista ao desenvolvimento de todos os seus filhos e vitorioso sobre todo tipo de preconceitos que engessam e enfeiam a existência da grande maioria das pessoas. E a Operação Lava-jato, que reuniu em torno de si grande número de jovens do meio jurídico, os quais foram capazes de jogar na cadeia e confiscar bens de personalidades que cresceram sob a ótica da impunidade, bem que poderia se estender também para esse terreno da vida do país, castigando exemplarmente todo tipo de político desonesto.
Como Judas Iscariotes, que vendeu Jesus Cristo para os sacerdotes fariseus, ao custo de 30 dinheiros, o PSL maranhense não teve a menor cerimônia de entregar a legenda caxiense para o controle da vereadora Thaís Coutinho, dentro de uma arrumação para possibilitar à chapa Adelmo Soares/Thaís Coutinho minutos preciosos no espaço da próxima propaganda eleitoral gratuita de rádio e de TV. O custo da operação é desconhecido.
O agente político que chefia um diretório partidário, principalmente o que detém ou já deteve mandato eletivo, é sempre uma pessoa que sabe o que faz e atingiu capacidade intelectual para manipular o imaginário do eleitorado, criar expectativas que ensejem investimentos financeiros onde o interesse maior é a luta pelo direito de alcançar o poder, para colocar em prática o que acha melhor para a sociedade.
Partindo dessa premissa ou, na melhor das hipóteses, engolir que tudo não passou de um equívoco, um acidente de percurso, a rasteira que Luís Carlos Moura sofreu do diretório estadual do PSL, em verdade, nos revela que houve, no mínimo, um crime de estelionato contra a população caxiense, passível de corrigenda no nosso código penal. Mas, como ninguém ainda se dispôs a interpelar ações desse tipo de “Toma lá!... Dá cá!...” criminalmente, resta-nos aguardar a próxima reforma política que a passo de cágado tramita no Congresso Nacional.
Convivendo com a pandemia da covid-19 em Caxias
Enquanto isso, sem se importar com um pretenso uso da clororquina, um remédio eficaz no tratamento contra a malária, mas que vem sendo utilizado de forma dramática para tratar casos praticamente desenganados da gripe mortal do novo coronavírus, a qual, mesmo sem o consenso dos médicos infectologistas, é defendida com unhas e dentes pelo presidente Jair Bolsonaro, em sua ânsia de encontrar justificativa para quebrar o isolamento social imposto pelos governadores do país, o prefeito Fábio Gentil (Republicanos) mantém a política de isolamento social no município e aproveita o momento da primeira Semana Santa que a população, inclusive com as bênçãos da igreja Católica, comemora literalmente em casa, para distribuir cestas básicas e o tradicional peixe que é entregue na casa das famílias mais pobres nessa época do ano, cerca de 2,5 mil famílias, segundo dados oficiais. No próximo dia 15, conforme já anunciou, o prefeito irá pagar antecipadamente o pagamento do funcionalismo municipal relativo ao mês de abril, e foi acompanhado pelo presidente da Câmara, vereador Catulé, que já determinou à diretoria-geral da CMC a fazer o mesmo na mesma data, creditando os salários dos aposentados, pensionistas, contratados e efetivos que integram o quadro de pessoal do legislativo caxiense.
Com a responsabilidade de gerenciar um efetivo maior de servidores, o prefeito Cabeludo terá que usar a imaginação para evitar aglomerações que quebrem o isolamento social estabelecido por decreto na agência do Banco Santander, onde a prefeitura deposita o salário dos barnabés municipais. Há notícia de que o pagamento se processará de forma escalonada, observando-se uma tabela em ordem alfabética com os nomes dos funcionários e funcionárias do executivo municipal.
Em relação à Câmara, onde a antecipação de salários não é mais novidade, posto que o vereador Catulé, pensando no bem-estar do seu funcionalismo, já antecipou no mês de março a primeira parcela do 13º salário, além de envolver um contingente menor de pessoas, ele conta com o fato de ter à sua disposição as duas agências locais do Banco do Brasil.
As ações da prefeitura e da câmara tem sido exemplares dentro do contexto em que se convive com uma pandemia que ameaça irromper em Caxias. Através da campanha do isolamento social, mesmo com previsão suspensão de atendimentos médicos eletivos no Complexo Hospitalar Municipal Gentil Filho e reserva das instalações para tratamento de casos graves da pandemia já definidos para a UPA do Pirajá, as autoridades de Caxias demonstram o seu afinamento com as determinações impostos por decreto pelo governador Flávio Dino. Não foi possível para o Maranhão isolar-se da perigosa doença. Mas aqui os números são bem mais abaixo do que está ocorrendo em muitos estados do país, sobretudo onde houve afrouxamento no critério de isolamento social proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Com a suspensão das aulas nas escolas públicas, imediatamente acompanhada pelos estabelecimentos particulares de ensino, o prefeito, porém, não esqueceu de suprir a comunidade estudantil da rede municipal de ensino, obrigada a permanecer em casa até segunda ordem, com cerca de 30 mil bolsas de alimentação.
A grande baixa é notada no empresariado classificado fora das especificações de serviços essenciais, que reclama e pedem o fim do isolamento social que prejudica seus negócios. Para que atravessem a pandemia, o governo federal já está oferecendo créditos a juros baixos para que possam pagar em dia as folhas de pagamento e obrigações, e os trabalhadores informais cadastrados já irão poder receber, na próxima semana, uma ajuda mensal de 600 reais, pelo espaço de três meses.
A expectativa geral é a de que a pandemia chegue logo ao seu pico maior e comece a declinar, para restabelecimento da economia de um modo em geral. Nos Estados Unidos da América, onde houve um certo relaxamento e indecisão, o número de mortos já está na casa de 10 mil. No Brasil, até esta sexta-feira, cerca de 800 vidas já haviam sido perdidas nos hospitais, incluindo-se 16 mortes registradas no Maranhão.
No mais novo boletim da secretaria estadual de saúde, divulgado na noite desta quinta-feira (9), o Maranhão atingiu a marca de 293 casos confirmados do novo coronavírus. Até agora, são 53 recuperados.
Atualmente, 12 municípios têm casos confirmados de Covid-19 no Maranhão. São eles: São Luís (247), São José de Ribamar (22), Imperatriz (4), Açailândia (1), Timon (2), Santa Inês (1), São Benedito do Rio Preto (1), Raposa (2), Urbanos Santos (1), Cajapió (1), Colinas (1) e Paço do Lumiar (10).
A SES também registrou a confirmação de 4 óbitos suspeitos de Covid-19 que estavam em investigação. Sendo que neste momento Já são contabilizados 16 óbitos, sendo 14 em São Luís e dois em Paço do Lumiar.
Diante desse quadro, faz sentido para o prefeito Fábio Gentil manter o isolamento das pessoas e pedir-lhes que fiquem em casa. A torcida é para que a doença não chegue a nossa região, e evitar que os médicos, enfermeiros e demais recursos humanos que integram o sistema público de saúde local, de uma hora para outra, tenham que se adaptar à rotina estafante e perigosa como a que está se processando em muitas das unidades médicas do mundo, pois, aí sim, iremos sofrer todos os reveses possíveis de natureza social e econômica.
Ribamar da Pax União diz que como dono de funerária nunca torceu prá ninguém morrer
Em época de pandemia, também há espaço para situações trágico/cômicas, e em Caxias não é diferente de outros lugares.
O empresário Ribamar Braga (leia-se Funerária Pax União) em contato com o Blog do Irmão Inaldo na manhã da última terça-feira (07) rebateu a acusação feita aos donos de funerária pelo ex-vereador Léo Torres. O ex-vereador, num vídeo que viralizou nas redes sociais, teceu duras criticas, até usou palavras de baixo calão, ao vereador Ximenes em razão do edil ter feito apologia ao avanço do coronavírus no pais e consequentemente por conta disso o adiamento da eleição municipal deste ano para 2022. "O vereador Ximenes deveria ser dono era de funerária, pois dono de funerária é que torce para o povo morrer", disse num trecho da gravação o ex-parlamentar. Em época de pandemia, também há espaço para situações trágico/cômicas, e em Caxias não é diferente de outros lugares.
Como proprietário da Funerária Pax União e há mais de 40 anos prestando serviços póstumos para a sociedade caxiense, apesar do seu nome não ter sido citado na gravação, Ribamar disse que se sentiu ofendido pelas palavras proferidas por Léo Torres.
"Saio em defesa dos demais companheiros que atuam no ramo funerário em Caxias. Nós temos famílias e acredito, assim como eu, que nenhum deles desejam a morte para ninguém. O ex-vereador foi muito infeliz em dizer que o Ximenes deveria ser dono de funerária, pois dono de funerária é que torce para as pessoas morrerem. Fica aqui o meu repúdio e a minha indignação pela acusação que foi feita a mim e aos demais donos de funerárias", desabafou.
Janela coloca Republicanos como maior bancada da Câmara de Caxias
Aberta de 5 de março a 3 de abril, a janela partidária para vereadores em exercício trocarem de partido sob alegação de justa causa para disputa das eleições municipais deste ano mudou a configuração da Câmara de Caxias. Agora o Republicanos tem a maior bancada, com nove parlamentares.
A sigla do prefeito Fábio Gentil, candidato a reeleição, que era representada no Legislativo municipal somente pelos vereadores Catulé e Repórter Puliça, ganhou sete novos nomes: Irmã Nelzir e Durval Junior deixaram o PSB; Mario Assunção deixou o Cidadania; Neto do Sindicato trocou o PCdoB pelo Republicanos; Ximenes, Ramos e Paulo Simão, o primeiro deixou o PR, o segundo deixou o Solidariedade e o terceiro o DEM. Aberta de 5 de março a 3 de abril, a janela partidária para vereadores em exercício trocarem de partido sob alegação de justa causa para disputa das eleições municipais deste ano mudou a configuração da Câmara de Caxias. Agora o Republicanos tem a maior bancada, com nove parlamentares.
O Partido Liberal do ex-vice-prefeito Paulo Marinho Junior ficou com o segundo maior número de legisladores no município, cinco: Sargento Moisés, deixou o PSD; Darlan Almeida, o PHS; Magno Magalhães, o PSD: Luis Carlos (MDB) e Gentil Cantanhede (PSL).
São cinco partidos na Câmara que contam, agora, com um representante cada: o PSL foi escolhido pela vereadora Thais Coutinho, que saiu do PSB; Aureamélia Soares segue no PCdoB (Partido Comunista do Brasil), que tem o deputado estadual Adelmo Soares como pré-candidato a prefeito de Caxias; Tevi representa o PDT e Edílson Martins é o representante do PSC (Partido Social Cristão) que tem o ex-vice-prefeito Junior Martins como pré-candidato a prefeito do município. O vereador Jerônimo, único vereador que não vai concorrer a nenhum cargo no pleito desse ano, ficou mesmo no PMN.
Há equívoco em pensar que o agrupamento dos Republicanos seja considerado como o “Partidão da Morte”, como muita gente pensa. Se prestarmos atenção, ali estão agrupados os vereadores com maiores possibilidades de votação no próximo pleito. Como o coeficiente eleitoral (resultado da divisão dos votos válidos de uma eleição pelo número de cadeiras na Câmara) ainda é desconhecido, e na eleição passada se situou na casa de 4.059 voto , o Republicanos, se alcançar a maior votação, deverá abocanhar a maioria das vagas na próxima legislatura da CMC.São cinco partidos na Câmara que contam, agora, com um representante cada: o PSL foi escolhido pela vereadora Thais Coutinho, que saiu do PSB; Aureamélia Soares segue no PCdoB (Partido Comunista do Brasil), que tem o deputado estadual Adelmo Soares como pré-candidato a prefeito de Caxias; Tevi representa o PDT e Edílson Martins é o representante do PSC (Partido Social Cristão) que tem o ex-vice-prefeito Junior Martins como pré-candidato a prefeito do município. O vereador Jerônimo, único vereador que não vai concorrer a nenhum cargo no pleito desse ano, ficou mesmo no PMN.
Feliz Páscoa para todas as famílias caxienses!!!
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