Caxias-MA 18/08/2025 02:19

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Sílvio Cunha

Caxias, Política e Sociedade

Voz para os necessitados


Viajando nas redes sociais, certo dia fui surpreendido por um texto que fazia alusão ao pretenso fato de que a oposição acabara em Caxias. A base da argumentação estava centrada no vereador Daniel Barros (PRD), que, de uma hora para outra, deixara de figurar entre os oposicionistas caxienses, para engrossar a fileira dos seguidores do governador Carlos Brandão, a exemplo do grupo que presentemente ocupa o poder caxiense. O edil fora distinguido com o comando do Hospital Macrorregional Everaldo Aragão, através de sua esposa, a ex-vereadora Thaís Coutinho, está em clima de paz com o sogro, o ex-prefeito de Matões Ferdinando Coutinho, de sorte que, daqui para frente, é mais uma voz que se cala em desfavor dos caxienses, uma vez que as demandas do povo já não encontrarão mais a reverberação que tinham na garganta de DB.

Não sei se entendi bem, mas a sensação que o texto passava dava a entender que eu seria um porta voz da oposição em Caxias, o que não é verdade. O cronista não se coloca a serviço do governo ou da oposição em Caxias. Simplesmente está ao lado das demandas do povo, que a toda hora protesta contra os desmandos que o atinge de todos os lados. Hora é falta de remédio na rede pública de saúde, buracos nas ruas que dificultam a locomoção, infratores no trânsito que zombam dos agentes da lei impunemente, isso sem dizer dos crimes de homicídio, dos latrocínios, feminicídios, que passaram a fazer parte da vida normal dos caxienses atemorizados a todo momento. O interesse maior, portanto, é o bem-estar da grande família caxiense.

Então, se o vereador Daniel Barros deixou de se comportar como o fiscal do povo, como se autointitulava, problema dele. A nossa voz, no entanto, sempre estará ao lado dos mais necessitados, até porque, se milhões de reais chegam todos os meses em Caxias, não é por interferência dos que presentemente mandam, mas porque constitucionalmente o país demanda para toda a população local. É contra apropriações indevidas e criminosas que fazemos coro com a multidão que não se beneficia das benesses do poder, junto ao qual muita gente hoje se sente confortável com a vida fácil e sem qualquer tipo de remorso que desfrutam. É tudo uma questão de consciência. Eu, por exemplo, prezo muito o bom sono, e me comporto assim porque não sobrevivo com pesadelos.

A mídia oficial apregoa que a cidade vai muito bem nestes primeiros 100 dias de nova gestão. Entretanto, nunca os caxienses conviveram com tantos homicídios como agora. A todo momento, em lugares diferentes, cadáveres são jogados ao chão, sem distinção de gênero, credo religioso ou cor da pele. Já estão no passado as notícias que antigamente abalavam a cidade. Agora, presenciar fatos grotescos, está na normalidade da vida dos caxienses, por conta de uma leniência que faz escola no poder público. A título de não perder voto para a próxima eleição, aceita-se tudo. E assim, como uma criança mimada que é criada sem limites, grande número de pessoas dá vazão aos mais variados instintos nocivos que lhe permeiam a alma... e tudo na mais perfeita normalidade, conforme se depreende das comunicações via redes sociais, às quais número enorme de pessoas estão constantemente ligadas.

Mas há no meio político quem se interesse pelas demandas populares. Inconformado com o quadro de insegurança presente em Caxias e região, o deputado estadual Catulé Júnior (PL) não pensou duas vezes para destinar cerca de um milhão de reais de suas emendas parlamentares ao governo estadual, a fim de que sejam implementadas melhorias e novos equipamentos aos efetivos de segurança da cidade. 

O deputado é resiliente em cobrar essas medidas sempre que usa a tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, em São Luís. Outra providência cobrada por Catulezinho foi recentemente endereçada à Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), solicitando urgência em solucionar anormalidades que ocorrem no curso de medicina da instituição em Caxias. Segundo o parlamentar, o curso de medicina, outrora muito bem avaliado desde que foi implantado no campus de Caxias, agora corre o risco de ser fechado pelo MEC, pois, na última avaliação, apenas atingiu a nota 01, numa escala de 01 a 05.

Essas situações, portanto, não podem ser ignoradas pelas autoridades do município. Basta dessa conveniência que só tem feito a cidade andar para trás... de ser a terra do já teve, como costumam dizer os mais antigos. Assim, não é à toa que Caxias é citada hoje como a quinta (ou a sexta) cidade em importância no estado. E dessa forma, graças à leniência de quem tem poder, nem o seu passado histórico e político a preserva.

Neste Domingo de Páscoa, após uma semana santa bastante comemorada nas paróquias e igrejas caxienses, com direito a mais uma edição espetacular da Procissão do Fogaréu, na última quarta-feira, nossa esperança é que a comunidade cristã tenha se fortalecido em fé e caridade, como bem nos legou mestre Jesus. Se muitos mergulharam nas escrituras sagradas, ótimo, pois elas são um bálsamo contra a negatividade e a descrença presentes no mundo atual, onde negociatas econômicas, guerras e insensibilidade para com o próximo dominam o cenário até mesmo das nações mais desenvolvidas. 

Agora, por exemplo, toda comunidade internacional está à mercê de tiranos que emergem para implantar terror e medo, ampliando a faixa de miséria e desgraças no seio da humanidade. Voltemos nossos olhos, portanto, para Deus, pois só o Altíssimo poderá nos ajudar a superar essa época de incertezas que flerta perigosamente com o intento de roubar o direito que cada um tem de viver.


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