A coluna de hoje não deveria mais discutir o último pleito eleitoral em Caxias, a despeito da vitória magérrima para prefeito de Gentil Neto (PP) sobre Paulo Marinho Júnior (PL) no último dia 06 de outubro. O propósito era apresentar as demandas que a cidade está a reclamar, para o novo prefeito que assumirá o cargo em janeiro do próximo ano.
Afinal de contas, foi por haver negligenciado os cuidados com a infraestrutura, merenda escolar, saúde pública, falta de medicamentos nos postos de atendimento, dentre outros reclames da população, que o eleitorado caxiense ofereceu uma dura resposta ao prefeito Fábio Gentil (PP), encastelado no Paço Municipal há cerca de oito anos. Para dar uma ideia, FG venceu sua última eleição com mais de 50 mil votos sobre Adelmo Soares. Agora, seu sobrinho ganhou por apenas 565 votos, fato que deixou muita gente perplexa com o resultado, mesmo porque a máquina da prefeitura funcionou a todo vapor para Gentil Neto, que não tem culpa alguma diante da estratégia do seu grupo político, mas pode sofrer consequências desastrosas se a oposição conseguir provar ilicitudes no decorrer do processo eleitoral.
Prova evidente disso foi a grande manifestação de protesto contra o resultado da eleição ocorrida no bairro Ponte durante a semana que passou. De forma inusitada, cerca de 400 a 500 manifestantes de ambos os sexos, portando faixas, bandeiras e gritando palavras de ordem, estiveram na sede da Polícia Federal e depois no Fórum de Caxias, na Cidade Judiciária, para pedir providências às autoridades competentes. A maior indignação dos manifestantes recaiu sobre a compra de votos que muitos disseram ter presenciado em determinadas regiões de Caxias.
O protesto popular só encontrou paralelo no pleito de 1988, quando o candidato a prefeito Paulo Marinho (pai) teve a sua candidatura cassada e não pode concorrer naquela eleição. A ação ensejou o protesto do “X”, que saiu vencedor, atestando que o eleitorado quis anular o pleito na ocasião. Contudo, força política e outros artifícios resultaram na eleição de Sebastião Lopes de Sousa, que em verdade perdeu o pleito para os votos do “X”.
A essa altura dos acontecimentos, não se sabe ainda se as autoridades convocadas irão se debruçar sobre as denúncias apresentadas, já que há indícios de que advogados estão trabalhando com essa finalidade, obviamente lastreados com provas, até porque tudo que acontece no cotidiano caxiense, atualmente, invariavelmente passa pelo crivo de câmeras de smartphones, tamanha a febre dos registros que a todo minuto é publicado e difundido nas redes sociais. E nada escapa aos olhos apurados dessa turma que não deixa por menos a propagação de escândalos. Então, é aguardar para ver. Se nada vingar, vale o resultado da eleição, estamos conversados e não se fala mais nisso.
Nesse domingo 27, porém, a eleição de Rildo Amaral (PP) para prefeito, em Imperatriz, trouxe alento para a oposição caxiense. Como Rildo é deputado na Assembleia Legislativa do Maranhão, para assumir o cargo de prefeito ele terá que renunciar ao seu mandato na ALEMA, deixando a vaga para o jovem advogado Antônio José Bittencourt de Albuquerque Júnior, Catulezinho. Assim, ganha Caxias, que passará a ter mais um deputado estadual para representar a cidade. E Catulezinho, todo mundo sabe, será uma voz atuante, corajosa e com personalidade para apontar os defeitos e mostrar soluções diante dos problemas vivenciados hoje pelos caxienses e maranhenses. A família deve estar em festa com a conquista desse mandato pelos próximos dois anos. Parabéns!!!
PUBLICIDADE