Mês de julho a pleno vapor, tempo de férias escolares, e Caxias vivencia muito bem esse clima de descontração que viceja por toda sua comunidade. Após a concorrida última edição dos jogos escolares caxienses, os jovens estiveram participando nos últimos dias de um importante intercâmbio futebolístico com outros atletas de municípios vizinhos, evento que pode ser sentido nas escolas públicas, reclamadas a servir de abrigo para a rapaziada. Por onde se andou na cidade, a percepção sobre a grande quantidade de ônibus de turismo presentes no município, levando e trazendo delegações aos muitos campos de futebol que Caxias possui. Lamentável foi a divulgação sobre o evento, pois não se viu nenhum outdoor saudando ou dando boas-vindas às delegações, ou enaltecendo uma programação que deveria ser do mais amplo conhecimento público.
O problema é que a liderança do município está muito preocupada com a sucessão municipal e, assim, tudo acaba convergindo para os gestos denotadas pela administração da cidade, os quais, evidentemente, revelam que os humores não andam muito bem lá para as bandas do Paço Municipal de Caxias. À guiza de acertar as coisas, azeitar melhor a máquina, o prefeito Fábio Gentil (PP) convocou toda a sua assessoria a uma reunião no meio da semana, e os comentários que saíram dela foram nada franciscanos para os servidores que lá compareceram. As dificuldades enfrentadas pelo grupo no poder foram creditadas a esses apoiadores, taxados de inoperantes ou omissos diante do que está acontecendo no atual cenário político caxiense, que a cada dia se torna cada vez mais desfavorável aos atuais ocupantes da prefeitura.
Não é caso para se falar de corrupção na gestão municipal, uma vez que não se tem notícia concreta de malversação dos recursos do tesouro da cidade. O que tem levado a essa situação é o caráter centralizador da gestão, que de forma alguma dá condições para a assessoria trabalhar. A denúncia que um jovem pai de família fez em relação ao nascimento do filho na Maternidade Carmosina Coutinho, face à insalubridade presente no nosocômio hospitalar, não pode ser creditada somente à diretoria que foi substituída com a finalidade de contornar a situação vexatória. Não. Ela se evidencia por praticamente todas as unidades de saúde do município, que não atendem a população a contento por falta dos preciosos insumos que deveriam sempre estar à disposição do funcionalismo encarregado de realizar o serviço.
Por exemplo, há muito se ouve que as unidades básicas de saúde até dispõem de consultórios dentários, embora a triste realidade é que eles não funcionam porque os profissionais às vezes não têm equipamento ou não têm os remédios para tratar os pacientes. Nas redes sociais, diariamente, muitas são as denúncias focando nesse ponto. Então, não são os comandados os responsáveis pelo que de ruim acontece no serviço público, embora haja exceções, mas é o comando que tem falhado ao deixar que casos e mais casos se sucedam como vem ocorrendo, sobretudo nos últimos três anos, ao que parece, por não confiar em quem o ajuda a fazer a gestão.
Em tentativa de menosprezar pesquisas eleitorais favoráveis ao pré-candidato Paulo Marinho Júnior (PL), lançam-se dúvidas sobre dados divulgados e legalmente registrados na justiça eleitoral, quando, na verdade, é só conferir as postagens que abordam a temática nas redes sociais, as quais, em sua grande maioria, vão na direção contrária aos interesses do grupo político no poder. Por sua vez, é muito oportuno o trabalho infraestrutural que ora está sendo realizado no município. Contudo, cansadas e sofrendo por anos a fio com a degradação dos lugares onde vivem, as pessoas, mesmo aprovando as realizações em curso, nunca se esquecem de lembrar que tudo que está acontecendo agora no período eleitoral há muito já deveria ter sido feito. O entendimento do eleitorado é o de que tudo o que está acontecendo agora ocorre com o intuito de ganhar a eleição. Isto é: manter nas mãos o poder, se possível, por mais quatro anos.
E a avenida Santos Dumont, hein...! Ganhou mais dois quebra-molas durante a semana. Os obstáculos são providenciais para reduzir os acidentes na via, que têm sido mais regulares nos últimos anos, inclusive com o registro de fatalidades. O problema, porém, é mais de cabeça dos condutores caxienses, que não respeitam uns aos outros e a legislação de trânsito. Aliás, os condutores quase sempre estão guiando acima do limite de velocidade, como se estivessem participando de uma competição. Dessa forma, a grande quantidade de obstáculos por toda a cidade tem sido a maneira mais viável de disciplinar o trânsito, uma vez que a fiscalização, ao longo de décadas, continua muito deficiente em Caxias, encorajando desordeiros a fazer o que quiserem sobre rodas.
No mais, louvar o trabalho dos organizadores que realizaram os eventos culturais da festa do babaçu, no Morro do Alecrim, nas noites dos últimos dias. Os diversos segmentos culturais do município estiveram bem representados e puderam mostrar talento e força aos turistas visitantes e apreciadores da rica cultura caxiense.
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