Caxias-MA 29/06/2025 07:30

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Sílvio Cunha

Caxias, Política e Sociedade

As pesquisas são a bola da vez


Foi uma semana meio morna no cenário político local. Não fosse o acidente doméstico que abalou a estrutura esquelética de Dra. Cleide Coutinho, a declarada pré-candidata a vice do pré-candidato a prefeito Gentil Neto (PP), ensejando-a a ficar pelo menos dez dias em repouso, mais as notícias a respeito de duas pesquisas que devem ser publicadas brevemente sobre o cenário atual da próxima eleição municipal, e o caxiense certamente estaria mergulhado no marasmo que costuma se estabelecer quando não se tem muita coisa a falar de novidade na política.

O acidente da pré-candidata a vice na chapa Gentil-Coutinho praticamente ratificou os temores de membros da família Coutinho que desejavam evitar a sua participação mais efetiva no próximo pleito de 6 de outubro, por causa, é evidente, dos problemas de saúde que a levaram a afastar-se da vida que até pouco tempo atrás gozava na Assembleia Legislativa Estadual. Se o fato pode mudar a estratégia do grupo para as eleições, ainda não se tem certeza, mas que provocou um certo abalo nas previsões mais otimistas, isso, sem dúvida, evidentemente aconteceu.

Por outro lado, a boataria em relação a pesquisas eleitorais no município, comportamento que sempre se evidencia mais nessa época, voltaram a despertar a curiosidade do eleitorado. Foi noticiado que o grupo Gentil/Coutinho já tinha pronta uma pesquisa para deslanchar na cidade, ao que parece para se contrapor a outra pesquisa encomendada ao Instituto Data M – Pesquisas de Mercado e de Opinião Pública, de São Luís, registrada na Justiça Eleitoral sob as expensas do Grupo de Comunicação Mirante, sediado na capital. 

A pesquisa contratada pela Mirante, a exemplo de campanhas passadas, deve ter interesse nas intenções de voto declarados à chapa Paulo Marinho Júnior (PL)/Thaís Coutinho (PDR), a mais forte concorrente do grupo Gentil/Coutinho, assim como saber também como vão das pernas Lycia Waquim (PSDB) e Edmilson Sanches (PROS/Rede), os dois últimos com pré-candidatos a vice ainda a ser lançados.

Por razões de artimanhas ou não, ganharam tom boatos assegurando que a pesquisa Gentil/Coutinho deve oferecer números que se sobrepõem aos do Data M, para deixar transparecer que a chapa apoiada pelo prefeito Fábio Gentil (PP) está na frente nas intenções de voto. Contudo, a supor por áudio eventualmente vazado nas redes sociais, com declaração de membro da família Gentil, tais números estariam maquiados para influenciar os eleitores. Pesa nessa informação também o fato de que a pesquisa do Data M trouxera preocupação ao grupo gentilista, inclusive pela diligência imediatamente adotada por seus meios de divulgação, que já procuraram desmerecer antecipadamente a lisura do trabalho encetado pelo conceituado órgão de avaliação política da capital.

Esse trabalho sorrateiro já havia dado mostras quando da entrevista coletiva liderada por PMJr., Thaís, com participação dos vereadores Catulé (PRB), Luís Lacerda (PT) e Daniel Barros (PRD), no auditório do Hotel Alecrim, quando o grupo Gentil/Coutinho destacou representação para constrangê-los, sem sucesso, naquela oportunidade. Algo deve estar incomodando a perspectiva governista, pois, do contrário, por que tanta atenção às ações de seus principais adversários?!!!

De concreto mesmo em relação a essas pesquisas, o certo é aguardar-se a divulgação oficial de tais resultados. No entanto, é flagrante que continua, no mínimo, apática a candidatura do governo municipal, uma vez que não se constata o entusiasmo que se presenciava em campanhas passadas encetadas pelas lideranças no poder. Afora apoiadores que estão na peleja à cata de votos por causa de seus empregos na prefeitura, até mesmo nomes com maior peso e densidade junto ao eleitorado estão evitando mostrar-se declaradamente nesse período pré-eleitoral. 

E, assim, é ou não é uma situação para o eleitor caxiense ficar cabreiro? Afinal de contas, o momento em Caxias se insere em um instante vivenciado por importantes nações do mundo, como no Reino Unido e na França, onde seus eleitores tomaram para si a responsabilidade de mudar e escolherem o melhor para suas populações, democraticamente.


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