Ainda não temos um fato consolidado, mas, a julgar por comentários e notícias que correm pelos quatro cantos de Caxias, o bloco de oposição ao atual governo municipal já tem em mãos o croqui de como irá ser montada a sua chapa para concorrer à sucessão do prefeito Fábio Gentil (PP), que não pode mais concorrer ao cargo por haver ocupado o mesmo por dois mandatos consecutivos, a partir de 2017. A informação que está no ar, circulando nos últimos dias, dá conta que o pré-candidato Paulo Marinho Júnior (PL) disputará o cargo de prefeito, devendo ter como vice a ex-vereadora Thaís Coutinho.
O nome de Taís Coutinho será uma surpresa porque a expectativa era a de que o seu marido, vereador Daniel Barros (PDR), estaria mais cotado para compor a chapa com PMJr., depois de exauridos os seus esforços para capitanear o grupo. Mas, a se consolidar o fato, o “Fiscal do Povo”, em que pese haver projetado seu nome por todo o município, deve ter sentido que sozinho não poderia degustar o gosto da vitória, uma vez que, em política, nem sempre vontades pessoais, firme disposição, costumam lograr êxito. Antes, é necessário que se esteja acompanhado de grande número de amigos e correligionários, um forte agrupamento político, como se diz.
A escolha da ex-vereadora, em se firmando, demonstrará que os postulantes fazem questão de reservar um nome de destaque para bem representar a mulher caxiense, mas também evidenciar o sucesso da família que está formada em torno do jovem casal. Ademais, Thaís oferece ainda boa experiência política granjeada nos mandatos que cumpriu na Câmara de Caxias, da qual saiu somente para ceder lugar a DB. E auxiliam-na mais a força de sua religiosidade e uma postura respeitosa que valoriza ainda mais a sua bela estampa feminina.
Por outro lado, o vereador Daniel Barros, em acontecendo a vitória, aposta na vaga de próximo secretário municipal de saúde, para na pasta afastar de vez fantasmas que o acompanham da época do ex-prefeito Leonardo Coutinho, e lá poder realizar um trabalho cuidadoso em prol de um melhor atendimento de saúde a todos que vivem em Caxias ou estejam em seu entorno regional de influência, já que a Princesa do Sertão Maranhense é uma macrorregional de saúde.
Na sua concepção, um eventual sucesso de gestão poderá levá-lo a patamares mais altos na vida política, daí o cuidado de se preservar mais no atual momento. DB, portanto, à essa altura dos acontecimentos, estaria mostrando o entendimento de que o sucesso do seu grupo só advirá com o fortalecimento de todos em torno da causa comum, que é vencer as próximas eleições de outubro no município. De seus eventuais aliados, a exemplo de PMJr. e Catulezinho, só poderá esperar o mesmo comportamento dispensado por ambos quando ajudaram nas duas vitórias de Fábio Gentil, a despeito de depois serem traídos por FG.
Tanto PMjr. quanto Catulezinho foram os artífices da aliança que venceu o grupo Coutinho, pregando um discurso de concórdia e de espaço democrático para todos que almejassem trilhar na política de Caxias. Catulezinho, por exemplo, tem sido incansável em se dispor ao sacrifício para que a meta dos correligionários venha a ser alcançada. O sacrifício de Daniel, no entanto, é o de se apoiar também no trabalho para não ficar exposto a qualquer disritmia que eventualmente possa surgir na vida política caxiense.
A grande incógnita que permeia a mente dos observadores é a situação da pré-candidata Lycia Waquim (PMDB), pois ninguém sabe ainda se ela tem a intenção de renunciar aos seus planos ou tentará disputar, com o apoio do grupo de oposição, uma vaga na Câmara Municipal, ou mesmo concorrer em candidatura solo à Prefeitura de Caxias.
Enquanto isso, para os lados da situação, nada de novo, e segue o ex-secretário municipal de Infraestrutura Gentil Neto (PP) como nome principal da chapa governista. Por força de acordo com Fábio Gentil, a indicação do nome para a vice prefeitura estaria a cargo do prefeito de Matões, Ferdinando Coutinho, que antes era eleitor da filha Thaís e agora está rompido com ela politicamente.
No cenário atual, os postulantes da situação apoiam-se na força financeira do grupo para cooptar o eleitorado no dia da eleição, enquanto os que querem mudança apostam em crescimento e força de grupo para conquistar os eleitores, mostrando como a atual gestão vai mal e é um enorme prejuízo para todos os caxienses. Então, é aguardar para ver como, enfim, estarão definidas as chapas que disputarão as eleições de outubro em Caxias.
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