Com o lançamento oficial da pré-candidatura de Paulo Marinho Júnior (PL) no decorrer da semana, aos poucos vai se definindo o cenário eleitoral caxiense tendo em vista à sucessão municipal neste ano de 2024. Quem apostou que o evento do rebento da família Marinho iria fracassar no Espaço Marília Eventos, localizado no bairro Cangalheiro, com certeza engoliu em seco, posto que a verdade é que a principal candidatura da oposição vai se impondo de forma consolidada, e poderia ser melhor, não fosse a intransigência de quadros desse grupo que teimam em não jogar a toalha, aceita-lo à frente da chapa que irá disputar com a candidatura decidida do governo municipal, no caso, o sobrinho do prefeito Fábio Gentil (PP), o jovem Gentil Neto (PP).
À essa altura dos acontecimentos, não é hora mais de se dar atenção a aleivosias pessoais no contexto da disputa, até porque há espaço ainda a ser preenchido na composição das chapas que irão disputar as eleições, já que, até agora, nenhum grupo se posicionou declinando os nomes que disputarão a vaga da vice prefeitura.
Há, portanto, bastante espaço para acomodar a tempo as pretensões que entendem que o momento está mais apropriado para firmar posições visando oportunidades futuras. Isto porque, tratando-se do atual bloco da oposição caxiense, a turma aposta na união do grupo para crescer. Afinal, estão em cena os mesmos atores que cerca de sete anos atrás avalizaram a candidatura de Fábio Gentil (PP), pensando em evolução política, mas que acabaram traídos, ao ponto de serem obrigados a deixar a coligação gentilista que ajudaram decisivamente a ganhar o poder.
A candidatura oficial, óbvio, representa o continuísmo de uma gestão que está a desejar, porque ninguém é cego de ver o nível de abandono a que o município está relegado ultimamente. A prefeitura, hoje, vive de projetar na mídia os cursos de reciclagem que seus servidores estão rotineiramente fazendo, sem que isto represente alguma coisa de benefício para a população. São eventos planejados mais para manter o funcionalismo que não é efetivo atrelado à política da gestão, com a finalidade de que o mesmo perceba que, para garantir o emprego futuramente, é imprescindível seguir agora fielmente os scripts apresentados pelas chefias de plantão, uma vez que o futuro a Deus pertence e é melhor, assim, não arriscar.
Contudo, quem assiste ao drama do lado de fora, sem dele participar, percebe claramente que esse comportamento não pode mais perdurar em um município como Caxias, que atualmente só está vivendo das estórias do já teve. Não, o momento agora é de recuperá-lo, tirá-lo das amarras de um populismo político que assalta seus recursos para benefício de bem poucos, isso numa hora em que está recebendo muitos investidores do agronegócio, emigrantes que chegam pensando em se estabelecerem, até porque afluem com o firme propósito de ganhar dinheiro e querem usufruir de uma cidade que lhes ofereça conforto, segurança, saúde e educação de qualidade.
Com esse dilema na cabeça, o eleitorado caxiense tem o dever de fazer a melhor escolha na sucessão municipal; procurar saber quem, de fato, se preparou e está mais pronto para os desafios que a região já está enfrentando, deixando de lado aqueles que, relegando a cidade às traças, só vislumbram arroubos de uma grandeza política que nunca estiveram habilitados para exercer.
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