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Sílvio Cunha

Caxias, Política e Sociedade

Em clima de Semana Santa


Chegando a Semana Santa propriamente dita nos próximos dias, Caxias segue dividida na área política, porque ninguém achou por bem deixar os problemas mundanos de lado para elevar o pensamento à espiritualidade, fenômeno ou circunstância que, queiramos ou não, nos diferencia dos demais animais que vivem no planeta Terra. 

Entre os cristãos, que são ampla maioria no município, vivencia-se uma época de jejuns para louvar a morte e ressurreição de Jesus Cristo, o filho de Deus que foi anunciado por profetas como o salvador da humanidade; aquele que foi ungido para trazer a boa nova ao mundo, através da qual, a partir da exigência para os homens amarem o próximo com a si mesmos, assim como amou a todos enquanto no planeta viveu, estabeleceria que o bom comportamento moral dos homens de boa vontade era o passaporte seguro para se chegar em segurança ao reino eterno do Criador.

Entretanto, pelo menos do ponto de vista da política caxiense em decorrer de ano eleitoral, as intenções das candidaturas que serão homologadas nas convenções partidárias que ainda irão acontecer, seguem se engalfinhando em atitudes de total desrespeito ao próximo, em clara discordância ao que a sociedade espera nesse momento sagrado para a grande família cristã. 

O bloco governista comandado pelo prefeito Fábio Gentil (PRB) ocupa-se de prestigiar todas as inaugurações protagonizadas pelo secretário de Infraestrutura do município, Gentil Neto, procurando oferecer ao eleitorado o fato de que a vitória dos Gentil é certa e que nada será capaz de impedir o continuísmo do modelo de gestão que está em andamento desde que o prefeito Cabeludo assumiu o governo municipal, há cerca de sete anos.

Evidenciando musculatura adquirida em farto apoio financeiro, os governistas caxienses pretendem repetir, mais uma vez, a estratégia política que vem dando certo nos últimos períodos eleitorais. E o plano, porque o alcaide municipal não poderá mais se reeleger no próximo pleito, é ir resolvendo, uma a uma, todas as demandas da população que estiveram pendentes no curso das duas últimas gestões. Não é à toa que o povo já está assistindo, por exemplo, a diligência de uma grande operação tapa-buracos em curso nas ruas do Centro e dos bairros da cidade, coisa a ser mantida diligentemente até o dia da eleição, no início do próximo mês de outubro.

Alvo desses mimos que só a alcançam em períodos como esse, a população é quem dirá futuramente se está satisfeita ou não com o modelo de gestão em vigor no município. Para quem faz oposição ao governo, mesmo ainda diante da indefinição de uma chapa para concorrer ao pleito eleitoral, resta o cumprimento de roteiro de visitas e palestras pelos quatro cantos de Caxias, para expor desatinos que envergonham a cidade e propor um novo modelo de gestão pautado em ferrenha luta para abrir mais empregos na região, situação que hoje preocupa a grande maioria dos lares gonçalvinos.

Por outro lado, a semana fechou com o episódio triste do espancamento brutal de uma jovem usuária de drogas que sempre está às voltas em Caxias protagonizando ações de furtos e roubos para sustentar seu vício. Sem o apoio de uma família cansada de tentar administrar seus desatinos, a jovem, que é apelidada de “Alma”, em razão do seu frágil aspecto físico, foi brutalmente atacada a pauladas, socos e pontapés por dois homens. 

Como o fato aconteceu à luz do dia, em plena via pública, e foi registrado em filmagem exposta nas redes sociais, a agressão, por certo, não ficará impune, até porque um dos agressores foi identificado como sendo filho de um vereador do município. É uma situação que, com toda certeza, implicará em grande prejuízo ao parlamentar que tenta se reeleger do lado da oposição. 

Por sua vez, o governo também tem grande responsabilidade nesse tipo de ocorrência, uma vez que não se vê qualquer ação no sentido de tratar essas pessoas desajustadas pelo uso contínuo de drogas entorpecentes ilícitas, e elas são muitas, perambulando pelas ruas e logradouros públicos de Caxias.


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