A população da cidade de Caxias (MA) chegou a 156.970 pessoas no Censo de 2022, o que representa um aumento de 0,82% em comparação com o Censo de 2010. Os resultados foram divulgados na quarta-feira 28 de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, em pese os problemas de levantamento do último censo por conta da pandemia do Covid-19, frustrou os caxienses, uma vez que por aqui a expectativa era a de que já estaríamos com cerca de 180 mil almas.
Os dados do Censo também revelaram que a população do Brasil é de 203.062.512, um aumento de 6,45% em relação ao Censo de 2010; e também que no estado do Maranhão a população é de 6.775.152, o que representa um aumento de 3,05% quando comparado ao Censo anterior.
Contrariando projeções mais pessimistas, mesmo assim, no ranking de população dos municípios, Caxias segue na 5ª colocação no estado, é a 39ª colocada na região Nordeste e figura na 192ª colocação no Brasil.
A pesquisa do IBGE também aponta que a cidade tem uma densidade demográfica de 30,18 habitantes por km² e uma média de 3,25 moradores por residência. O PIB per capita, tomando por base o ano de 2020, é de R$ 11.524,24, com um percentual de receitas oriundas de fontes externas estimado em 86% (2015) e um índice de desenvolvimento humano municipal (2010) na casa de 0,624.
Ainda segundo o IBGE, os cinco municípios com maiores valores do Produto Interno Bruto em 2020 são: São Luís, Imperatriz, Balsas, Açailândia e Santo Antônio dos Lopes. A capital e sua região metropolitana, por concentrar grande número de empresas e indústrias, Imperatriz, idem, Balsas, pelo fortalecimento do agronegócio, Açailândia, indústria de ferro gusa, e Santo Antônio dos Lopes, energia gerada através da prospecção de gás natural.
Posicionada entre as cidades maranhenses que ostentam baixa quantidade de trabalhadores no setor formal da economia, que são a maioria, com algo em torno de 60% de índice de informalidade, Caxias, pensando bem, até que ainda vai muito bem em densidade demográfica, levando-se em conta que em outros lugares, a exemplo do interior de Goiás, houve cidades que quase dobraram suas populações em função da expansão da fronteira agrícola.
Portanto, por aqui, é urgente que se planeje investimentos para capacitação de trabalhadores, inclusive do meio rural, a fim de que os mesmos possam ser absorvidos pelo agronegócio que é cada vez mais crescente na região, forma racional de evitar-se o fenômeno do êxodo rural que vem inchando os bairros periféricos caxienses, trazendo todo o tipo de problemas decorrentes da falta de oportunidades no campo e, pior ainda, na cidade. Uma cruzada pelo aporte de indústrias não pode também ser deixada de lado.
Dá um frio na espinha imaginar o que seria de Caxias se viesse a perder o seu fundo de participação especial. Lá pelos primeiros quatro anos dos anos 2000 a cidade enfrentou tal situação, após o então povoado de São João do Sóter ser desmembrado do município. Foi época de verdadeiro Deus nos acuda, e só de 2005 em diante as receitas municipais de FPM retomaram a antiga posição. Imagine, agora, a prefeitura, maior entidade empregadora do município, sendo obrigada a cortar seus recursos humanos, causando desemprego generalizado!
Interessante é notar que, mesmo não tendo crescido muito em população, a cidade venha sofrendo em termos de insegurança pública, porque a toda hora são propagadas notícias de assaltos e roubos à mão armada pelos quatro cantos de Caxias. Outra coisa inquietante é a presença cada vez maior de desocupados perambulando pelas ruas, avenidas e logradouros públicos, casas bancárias, supermercados, incomodando e até ameaçando direta e indiretamente a população.
Pelo menos nesse quesito, uma decisão prática bem que poderia ser adotada pela gestão municipal, que é armar a guarda municipal, preparando-a convenientemente para auxiliar o trabalho do efetivo policial caxiense, que é considerado muito baixo e já incomoda inclusive setores do policiamento civil.
Contudo, eis que o nosso censo, enfim, saiu. E se não foi de agrado geral, pelo menos não trouxe mais preocupações. Agora, é chamar a classe política, fazê-la trabalhar, correr atrás dos investimentos e programas federais que possam contribuir para melhorar a vida da nossa população.
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