A Música de Qualidade agoniza e a atual geração não se sensibiliza a, ao menos, lhe aplicar morfina.
Ela morre nas ruas, casas, bares e festas. Ela parece não ter mais lugar, nem ouvido que a queira escutar, nem durante o banho se escuta alguém a cantarolar.
No avesso do avesso, ela é hoje considerada brega, motivo de olhar torto, taxativamente criminalizada.
Nesse arranjo, a mídia hegemônica harmoniza a alienação de cérebros, que normalizam e tratam como excelente uma espécime de música plástica, cujo refrão não pode passar de 15 segundos pra dançar no Tik Tok, e quando vira Hit, tem sucesso prévio de no máximo 60 dias.
É uma produção em massa, em grande escala, de Hit após Hit, alavancados por cantores que, em sua maioria, nada cantam, associados a letras de baixo nível semântico e cultural.
É tudo muito enxuto, enlatado e despachado pra cada vez menos emocionar e se fazer pensar.
E o que me dói e me assusta é que não aparece (creio que o sistema não deixa aparecer) ninguém pra renovar tudo isso, ou pelo menos ser o ponto fora da curva.
O que sobrou, ficou de 2000 pra trás.
Triste! Deprimente! Lastimável.
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