Neste Bicentenário da Independência, completam 100 anos da primeira transmissão de rádio no Brasil.
Desde criança sempre tive sincero apego e carinho por esse meio de comunicação.
Tanto, que enquanto a garotada de minha era, brincava com carrinhos e bonecas; eu - mergulhado em dada pobreza - pegava um tijolinho e fingia ser um rádio: "brincadeira" que me fez perder uma unha do pé.
Felizmente, depois deste acidente, mamãe entendeu a importância do rádio pra mim e passou a me dar infinitos deles.
Olho pra trás e vejo que, na verdade, o rádio me servia como companhia onipresente.
Filho único, criado com excesso de mimo, cuidado e protecionismo, onde não podia brincar com quase ninguém, me apeguei assim as ondas sonoras, que se revelavam para mim como companhia permitida e querida.
Isso muito significou. E, também me ajudou a mergulhar no mundo das notícias, do jornalismo, da oratória e da emoção musical.
Hoje já não choro mais por não ter um rádio. Nem deixo de merendar na escola, no afã de juntar as moedinhas até pagar os consertos deles lá no Seu Ferrér.
Hoje, me animo a mais uma vez agradecer a Deus, por essa invenção tão querida, permitida por Ele na inteligência do Padre Landell Roberto de Moura, e Marconi.
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