Se a gente tivesse a certeza que iríamos para um lugar cheio de glória, luz e aconchego, livre de sofrimentos, tal qual o céu historizado pelos cristãos, ainda assim, temeríamos a morte e o ato de morrer, tal qual Jesus temeu.
Nós que não somos "Jesus", além do medo de morrer, tememos mais ainda a passagem porque, na regra da maior parte das crenças e religiões, fomos injetados com a alienação de temer o improvável que viremos à encontrar após morrermos; a doutrinação ainda remonta que esse improvável possa vir à ser doloroso e castigativo, consequente de nossas práticas e ações.
Fica claro, nesse entender, que existe um game de pontos, acertos e erros nessa vida. Até ateus entendem que tudo que plantamos haveremos de colher, através da tal "Lei do Retorno".
O injusto é que a rotina da vida, frequenética como é, não deixa a gente perceber que estamos no jogo, nem tão pouco, clareia se estamos com déficit ou superávit de "boas ações".
Pontualmente tenho um pensamento macro, que talvez seja essa a razão para sempre buscar estar de bom humor, rindo pra tudo e todos, e até fazendo-se palhaço pra outros fazer rir: creio que essa vida é uma ilusão, nada aqui é real. Assim, pra que tanto apego? Pra que tanta correria? Pra que tanto suor?
Não estou negligenciado o "bom" das conquistas. Torço o nariz é pra uma vida cuja hipérbole é sempre correr pra mostrar, ostentar e não ter o mínimo segundo pra pausar pra si e por si.
Pra quê melhor boa ação do que amar e cuidar de si, como nunca mais nessa vida?!
Vai por mim, melhor boa ação não há. Até porque aquele que sabe amar a si, entende como é correto distribuir amor pra que outros possam também se amar.
-Dar pra ir pro céu agindo assim?
-Agindo assim, creio eu, em minha vã filosofia, que é o céu que desce ao nosso encontro!
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