Carlos Drummond de Andrade amava a Poesia. É ele o Pai do Amor que guardo por ela. É ele o meu vício!
Cecília Meireles amava a Poesia. Mal sabia eu, no auge dos meus quatorze anos, que o abraço do seu lirismo me teria cativo.
Castro Alves amava a Poesia. Ele me ensinara que palavras afagam, mas, também protestam.
Gonçalves Dias amava a Poesia. Meu ilustre conterrâneo fortificou em mim o orgulho pátrio pela terra, mãe-primeira. O amor por Caxias.
Vínicius de Moraes amava a Poesia. Seu devaneio romântico, revigorou minha crença no destino dos amores predestinados.
Gregório de Matos amava a Poesia. Dela usou sem reservas, até mesmo a levou para a cama, entretanto, cuidou em gritar o grito de todo um povo. Inferno não era a sua boca, mas sim o que via e o que eu ainda vejo.
Mário Quintana amava a Poesia. Um grande em escrever simples, e de retirar risos fáceis.
Clarice Lispector amava a Poesia. Com maestria brincou com o inconsciente dos leitores, os fazendo também personagens, assim íntimos de sua escrita.
Fernando Pessoa amava a Poesia. Nos traços dos seus heterônimos, pode ser constatado os traços de qualquer José ou Maria, gente sabedor que 'tudo na vida vale a pena quando a alma não é pequena'.
Shakespeare amava a Poesia. Multitalentoso, não precisava de muito para encantar.
Eu? Bom, eu amo Poesia, pois se bem me lembro, Carlos Drummond de Andrade, também a amava!
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