Ser canhoto em um mundo feito pra destros não deve ser nada fácil.
Tanto que, três dos cinco amigos que tenho com esta condição, teimaram até ficar ambidestros.
Não é vaidade! É limitação mesmo!
A qual vai muito além do ato de escrever: canhotos sofrem ao cortar com tesouras, pintar unhas, tocar violão, sentar em cadeira universitária (aquela que tem apoio do lado direito), e por aí vai...
Por outra feita, a Ciência defende que canhotos são mais inteligentes, principalmente em questões que envolvam o raciocínio lógico. Diz também que eles comumente se irritam com maior facilidade que pessoas destras.
Uma constelação de artistas foram/são canhotas, isso inclui Albert Einstein, Ayrton Senna, Barack Obama, Cláudia Raia, Lady Gaga, Diego Maradona, Beethoven, Machado de Assis, Leonardo da Vinci.
Ari - minha amiga/irmã - também é canhota.
Tem caligrafia italiana. E usa as duas mãos para fazer uma comida deliciosa.
É Pan.
De afetividade lésbica. E usa das mãos, dedos e polegares pra volúpia.
É poeta/poetisa.
E com as mãos escreve utopias, galhardias e denuncismo.
É canhota na vida.
E na esquerda é esquerdista!
Nunca foi santa. Nunca quisera ser a mulher direita da direita.
Nunca cedeu ao tino de ser colocada pra adoração no altar.
Ela sempre foi dela.
Pra ela. Do seu jeito dela.
Por isso, nascera canhota, pra se destacar e com a maioria não se misturar.
E é no exemplo de Ari, que a esquerda mostra que tem muito a ensinar pra direita.
Direita, que como se ver atualmente, não quer saber de nada que preste, não quer nem mesmo saber de se endireitar.
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