A cada 7 horas uma mulher é morta em nosso país.
Acabam com ela por ser mulher.
Acabam com ela por amar outra pessoa.
Acabam com ela a despetalhando e a estraçalhando.
A cada 10 minutos uma mulher é estuprada em nosso país.
Além do corpo, estupram sua dignidade, violetam seu desejo, testificam suas vontades, e culpabilizam suas roupas e comportamento.
A cada 1s uma mulher é assediada em nosso país.
Em casa.
Na rua.
Na escola.
No trabalho.
E quantas são Mulheres 'Evas-Amélias', reféns de um sentimento desditoso, que se enamoram de homens fracos.
Eles pincelam o que elas devem ou não vestir.
Eles delimitam suas amizades.
Eles impõem nelas genuíno machismo travestido de cuidado e protecionismo.
Mulheres que cegas de amor, não vêem a cilada que irão cair, quando casadas com homens que se revelam monstros.
Que as agridem verbal e fisicamente.
Que de tudo reclamam.
Que tem prazer em as humilharem.
Que não colaboram, só as cobram.
E depois, facilmente as trocam por uma de 20 anos, que deles só querem sugar.
Ser mulher é aprender desde muito cedo a andar apressado quando em noite, sozinha na rua; e à correr esquinas quando perceber que está sendo seguida por um estranho.
Ser mulher é saber que o seu "NÃO" dito apenas uma vez, não basta. É preciso fechar a cara, dizer "NÃO, NÃO, NÃO" até enraivar para ver se o outro consegue entender que não é charminho de adolescente, é simplesmente um NÃO ESTOU À FIM! Um NÃO QUERO! Convicto!
Ser mulher é ter por amor a própria sanidade, a tolerância de tolerar o incômodo insuportável de piadinhas, de julgamentos e de presunções sobre sua vida.
Logo ela, ela que é a fonte da vida, assim tão cruelmente perseguida e finda.
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