Faltam exatos três dias para o último e mais aguardado membro natalino, retornar à vida.
Como culturalmente acontece, ele advém na voz ressoada dentro da fala e discursos das mais diversas pessoas.
É um enfeite, e por isso, tem a intenção de dar a última pincelada de magia à essa estação.
Em uma fase do ano em que o consumismo ganha tamanha força, ele tem a graça de ser dado à outrem, gratuitamente.
Intriga, como ele ganha os espaços, em um coro mecanicamente ensaiado, onde de conhecidos à íntimos, em uníssono, todos o dizem.
Sabe quem é ele?
É o nosso querido desejo de "Feliz Natal!"
É ele quem abrilhanta tudo isso. E que mais brilhante seria, se sempre fosse erguido em uma voltagem enérgica de verdade.
Não quero escrever sobre minha gradativa descrença na bondade humana.
Mas, fico "P da Vida" com o desejo de "Feliz Natal" vindo de quem passa o ano todo torcendo pela desgraça alheia e como em um passe de mágica, de 24 a 25 de dezembro, busca iludir o outro com uma frase cordial pronta. Acho jocoso, e infame tal ato.
Talvez tais pessoas souberam adaptar-se bem ao conto de Papai Noel: Noel só gosta de gente que pode pagar pela diversão, que acredita que amar e ser amado é ser lembrado por um presente (bem caro e ostensivo, por favor).
Porém, o aniversário é de Jesus, aquele que "não é homem pra mentir", pra ludibriar, falsificar desejos e emoções, que claro, não coaduna com quem age assim.
Então, penso ser válido não usar o natalício simbólico D'Ele para omitir maldades, camuflar retaliações e superativizar sentimentos fictícios.
Se você sente que o "Feliz Natal" vem peçonhento, seja beneficamente ardiloso e em resposta diga: "Desejo Jesus na sua vida".
Sim! Eu faço isso com a cara mais limpa que os produtos Nívea me possibilitam ter.
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