Encantou-se Luiz Schiavon. Um dos mais celebrados, talentosos e competentes músicos brasileiros.
Diferente da geração atual, que tem ao toque do touch screen uma infinidade de músicas pelo streaming, advenho daquela afeita à sinestesia tátil de tocar cd’s físicos e ler seus encartes.
Assim, lembro que no rol dos artistas que mais gostava e consumia na infância, lá – impávido e colosso – estava o nome de Schiavon, seja como compositor, seja quanto arranjador.
Transitante, passeou na música de RPM à Leandro e Leonardo. De Marília Bessy à Ney Matogrosso. Surfou de Lobão à KLB. E chegou até o reinado da ópera com Ari Protázio.
Entre tantos outros cantores e artistas talentosos que, sabiamente, tiveram a sorte de embeber e mesclar sua arte com a arte plural, cheia de 'benchmarks' estratégicos e viscerais de Schiavon.
Ao que me toca, a música que ele compôs e que mais causa frisson aos meus sentidos é ‘Speranza’, eternizada por Laura Pausini, sendo, além de italiano, também interpretada em hebraico, espanhol e português.
Como uma Alvorada Voraz, Schiavon se despediu da vida e do cenário que tanto contribuiu e ajudou a reluzir.
Sua música ora doce, ora mistério, ora imperiosa e inquietante, aqui permanecerá!
Pra encantar, endoidecer e provocar.
Descanse, Luiz.
Esse melômano te agradece por tanto e por tudo!
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