Maria fez minha primeira matrícula escolar e não desistiu de mim naqueles choros histéricos que suplicavam pra voltar pra casa.
Maria me ensinou as coisas mais puras: o amor a Deus, a Devoção à Nossa Senhora, a importância de uma vida em intimidade com o Santíssimo.
Maria cantou pra mim incontáveis cantigas, e em preferência ia de Padre Zezinho ao Hinário Litúrgico. Sempre e profundamente católica, sabia de cór a reza de terços marianos, terços bizantinos e o Divino Rosário.
E me ensinou tudo, bem explicadinho.
Maria me fazia rir de piadas que ela em sua imaginação tão lúdica tinha perspicácia em criar.
Maria tinha verdadeiro carinho em pegar minha mão pra brincar comigo da brincadeira do anel, e parlendas como do 'Dedo Mindinho, Seu Vizinho', 'Enganei o bobo, na casca do ovo', 'Batatinha quando nasce', entre tantas.
Maria me ajudava nos trabalhos escolares, cortando figurinhas pra eu colar, e por muitas vezes me ajudou financeiramente em materiais e fardamentos.
Após o almoço, eu adorava ir deitar no chão, pra debaixo de sua rede escutar aquelas histórias que só ela e Vó Nenzinha (in memoriam) me faziam ter prazer em ouvir.
A verdade é que Maria apostou em mim, desde o início. Em todo o tempo quis me ver mais perto do Céu de Alegrias.
Já tem um tempo que ela não canta mais como antes, não reza mais como bem fazia, nem conversa desenfreadamente, como bem gostava.
Se bem, que ainda por ontem ela me disse que nunca deixou de rezar por mim.
Por isso, toda vez que a vejo, eu a agradeço.
Agradeço por tudo que ela se entusiasmou fazer por mim.
Agradeço também a Deus por ter tido a sorte de ter sido alcançado por um anjo, como é minha Mary, Maria das Graças.
Felicidades!
Saúde!
Somente a amo!
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