O enredo que sublinha a história do quadro 'Gente que Acontece' desta edição diz mais sobre determinação, suor e trabalho do que sobre sorte.
Falamos aqui da trajetória profissional do querido casal caxiense: Luís Coelho e Raimunda Ferreira. Almas amantes, alelos de um núcleo familiar primoroso e de educação irretocável.
O ano era 2002, e este casal vivia um período de aridez financeira, o que consequentemente dificultava a obrigação de manter o sustento de sua prole de cinco filhos.
Foi então, neste momento de dada necessidade, que o empresário e matemático Luís Coelho teve o insight de abrir um pequeno negócio voltado ao público universitário.
"Nosso início não foi dos mais fáceis. Naquela época, meu marido estava cursando matemática na UEMA, e resolveu alugar um ponto de trabalho, ao lado deste centro universitário. Em primeiro momento, levamos apenas um computador – que tínhamos em casa – e alugamos uma máquina copiadora. Assim começamos", relata a professora e empresária Raimunda Ferreira.
Com um único computador, e apenas uma copiadora, aliada a uma visível determinação, pouco a pouco a clientela foi aparecendo e conquistando a resposta de credibilidade, cujo todo trabalho quando bem feito é digno de receber.
Neste primeiro endereço, eles trabalhavam – fortemente – com serviços de cópia, digitação e formatação de trabalhos científicos, tendo como principal público os alunos do Centro de Estudos Superiores do Maranhão - CESC/UEMA.
Todavia, a falta de capital para investimento e o minguado retorno financeiro do trabalho, obrigava o casal a trabalhar duro para pagar os colaboradores (funcionários) e, assim, tirar seu sustento.
Foi então que sentiram a necessidade de “descer o morro” pois estavam, até então, restritos a um publico em específico, por causa da localização. Inclusive, por conta disto, tiveram momentos de grandes dificuldades, como por exemplo nos períodos de férias e de greve. "Em momentos como estes, era extremamente difícil nos mantermos ou mantermos os funcionários", relembra Raimunda Ferreira.
Com o aumento da demanda e o desejo que alimentavam em expandir o negócio para o ramo de livraria, e assim atender um público mais amplo, em 2014 eles decidiram descer o Morro do Alecrim, e locar sua empresa na Rua Aarão Reis, parte central da cidade de Caxias.
Impiedosa, o período de pandemia também fitou cruelmente a empresa do casal, o que lhes obrigou a encerrar as atividades da empresa instalada ao lado do CESC/UEMA. Por outro lado, o nome conceituado que com muito trabalho e dedicação construíram no ramo, deram fôlego para manter o ponto oficial da Cultural Livraria e Papelaria na Rua Aarão Reis.
Quem visita a Cultural Livraria e Papelaria é recebido por funcionários que primam pelo trato respeitoso e empático para com a clientela, reflexo de um clima empresarial agradável onde vigora o modelo de trabalho em equipe.
Emocionada, Raimunda Ferreira pontua que:
"Olho pra trás e reflito que dentre as vantagens mais sensíveis que detivemos em nosso negócio, foi que por meio dele, tivemos a oportunidade de ensinar aos nossos filhos o valor do trabalho e da família, tendo em vista que eles estavam sempre conosco", coloca.
Embora, felizmente distantes das aguras do início deste empreendimento, é nessa fase de maior bonança que se demonstra bonito observar o 'pé no chão' deste casal batalhador, que foi acima de tudo, forte e resoluto na busca de fazer acontecer a mais conceituada livraria da cidade de Caxias e região.
A eles, nossos mais sinceros parabéns,por toda luta, gana e garra, e por, principalmente, acreditarem na importância educativa, social e laboral da leitura.
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