Segundo a comunidade científica, 1% da população mundial é assexual, o que acaba configurando a Assexualidade como a quarta sexualidade - atrás da hétero, homo e bi. Algo que conversa com a tese de que assexuais já nascem assexuais.
À primeiro momento, o pouco que se coloca sobre os Assexuais, é que eles NUNCA sentem atração sexual por NINGUÉM. Não é bem assim, isso é uma definição extremista, e logo uma meia-verdade.
De início, vamos entender que sexo para os Assexuais não é uma obrigação, nem bem menos uma necessidade biológica. Isso acontece porque a Assexualidade é a condição sexual em que uma pessoa não tem interesse em praticar sexo. Não significa dizer que não se sintam atraídos por outras pessoas; a atração que sentem por outras pessoas é moldada sob outros critérios, mas não chega ao nível sexual.
Por falta de libido, o ato sexual para os assexuais pode ser altamente desprazeroso, ou mesmo "tanto faz, tanto fez". É bom frisar que os assexuais não são celibatários, pois não optaram por não praticar sexo, mesmo desejando; mas sim, não o praticam porque simplesmente, não sentem entusiasmo algum.
Via de regra, Assexuais não sentem repulsa pelo o ato sexual em si, e compreendem sua importância para a procriação. É tipo uma pessoa que não gosta de futebol, mas não o condena e compreende o seu valor esportivo.
Dentro da pluralidade sexual, ainda maior é a pluralidade assexual:
no campo do amor (sentimento), os assexuais podem ser héterorromânticos, homorromânticos, birromânticos;
e no campo sexual - razão pela qual não se pode dizer que os Assexuais NUNCA sentem apetite sexual - eles podem ser demissexuais (diz-se daqueles que se relacionam sexualmente mas, somente com quem sentem amor ou paixão profunda) e os Gray-assexuais (transitam entre ora sexual, ora assexual).
Como podem ver, a sexualidade é um oceano e quanto mais se estuda, mais há o que ser estudado. Ficando evidente que ser assexual - como todo aquele que faz parte de minorias - não é carga fácil de ser carregada, ainda mais quando se é a minoria da minoria.
Além de respeitarmos os assexuais, acredito que deles devemos aprender à valorização suprema ao Amor, verdadeiro e genuíno, não validado pela matéria, pela carne. Como nas palavras de Ariel Franz: "amor não é o tocar pra sentir, é o sentir sem tocar". E nisso, os assexuais são exímios mestres.
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