Quando a Poesia entrou na minha vida ela veio através do 'Farol da Educação'.
Pré-adolescente, 13 anos de idade, toda tarde subia o Morro do Alecrim para conversar com a Poesia e alugar novos livros.
A molecada me taxava de louco/estranho. Como podia eu protelar as brincadeiras vespertinas e os filmes regados com lanches?!
Era mais forte do que eu!
A Poesia me enamorava, acarinhava, me tratava com zelo.
Lá eu ceciliava, lispectiava, andradizava, quintaneava.
Porém, nada nesse caminho me foi tão impactante quanto conhecer o lirismo elegante, a sutileza métrica, e o encanto da escrita de Carlos Drummond de Andrade.
O rapaz que trabalhava no Farol até chegou a me dar a alcunha de 'Drummontizinho', tamanha era minha devoção por esse Poeta Maior.
Drummond soube unir a poesia com a crônica de forma tocante. E me tocou. Eu, como podem perceber, me fiz cronista com e por amor.
Desse cronista, um agradecimento ao governo Roseana Sarney, pelo Farol da Educação, que como tem de ser, clareou minha mente e apaixonou meu coração para leitura e literatura.
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