Caxias-MA 20/04/2025 09:42

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Wybson Carvalho

Recanto do Poeta

O poeta à mostra de sua alma viva em letras


O ser e a poesia advindos de mim

Minha poesia veste-me com essência sabedora ao interior a mim

e emudecendo meu grito ensurdecedor à negação que há nela.

é a prisão na qual sou condenado e estou 

a extrapolar-me liberto à ambiência alheia.

é a imensidão em sal oceânico e chão cáustico, solitariamente, desértico...

é a diversidade de todas minhas linguagens artísticas sem plateia alguma...

é a obra que, humildemente, ofereço à humanidade...  

é o ser a querer-se compartilhado a quem me necessitar...

e meus versos?

- são partes extraídas de minha alma inteira a se mostrarem inibidas aos outros seres sem aceitação nenhuma!

o que é minha poesia?

é a somatória das imagens etárias - do passado encontrado no presente - escritas na negação imagética do futuro.

obriga-me, fielmente, a negá-la em mim tal qual confissão ausente.

Pedaços de um eu algum

Há no meu eu o pulsar de um desejo

e no qual há, ainda, o quê, agora, almejo;

que o fim do somatório da minha dor

não interrompa os gritos do clamor; 

face a um pedaço ser bem emudecido em mim,

e o meu outro resto é ouvido, mas ruim...

 

A sinfonia que me invade desde o nada

é bem-vinda, ainda que quase desafinada;

e eu a quero para sempre almejada

ainda que pouco executada;

face a um pedaço inaudível ser ilusão,

e o meu outro resto não, mas real solidão...

 

E os versos que, agora, eu escrevo

que não sejam lidos e cantados com desvelo;

mas, como a unicidade do momento

de um poeta  imerso em seu eterno tormento;

face a um pedaço ser calado em mim,

mas o meu outro resto é ensurdecedor e ruim!

Nenhuns de mim

Vejam, há muitos alguns no meu eu nenhum...

enterrados no oráculo atemporal ao nada 

múltiplos sem resultados ao mais

mas, inseparáveis ao menos!

 

míseros sobreviventes por ser ou estar... 

em alma de sentimentos e corpo de carne, sangue e osso  

à inexistente complexidade inevitável

e necessária de também existir

 

então,

não encenas tuas porções...

pois, sem protagonista e ou coadjuvante

a cena da vida é o ato à morte

se nenhum vier de ti a alguém

outros te negaram a ninguém...

então,

baixa a cortina do palco ao teu espetáculo sem platéia!

... humanidade orgânica 

o branco do leite, paz...

o vermelho do sangue, vida...

:

acasalar num peito 

o coração da alma 

no ser...!

Arte humana esquecida

... não há mais imagem nem quadro e nem moldura, 

só a memória insiste em afixar um sonho nas paredes do tempo interminado...!

... único!

não me importam multidões ao meu eu nemhum, 

se se importa comigo a solidão ao meu eu algum; 

sólitario

literário 

etário ao inútil

itinerário:

passado, presente, futuro

e

em tempo incomum!


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