Quem amou, verdadeiramente, te chamou de princesa
e quando quiseram arrancar de ti o sumo nobre...
não aceitou beber o cálice com teu sangue
Quem ama, fielmente, te chama de lírica poesia
e quando querem declamar de ti o poema nativo...
atenta para ouvir os versos brancos do teu véu
Quem nunca amará, em verdade,
te trairá sob cunho promíscuo...
e quando quiserem usufruir de ti
a beleza em ônus mercenário...
ofertará a plebe de teu reino
e te deixará órfã de viva natureza...
Canção ao exílio
Em minha terra havia palmeiras e o canto dos sabiás.
nela, exalava o perfume dos jardins urbanos.
dela, ouvia-se a linguagem singela do cotidiano.
com a minha cidade crescia a romântica dos poetas...
A inimizade humana passava por sobre ela
em eólica turbulência rumo às outras plagas,
para derramar-se noutros cenários de ganância existencial.
À minha terra, na infância, ouvia-se sinfonias sabianas
nas manhãs iniciais de um futuro já desenhado ao abandono.
e, agora, quais árvores darão abrigo a outros pássaros canoros
para entoar um canto de saudade?
Antiga edificação onde funcionará a Casa da Justiça (Fórum Desembargador Arthur Almada Lima) – Inicialmente, nas décadas de 1960 e 1970, abrigou duas escolas públicas -- Grupo Escolar Gonçalves Dias e Grupo Escolar João Lisboa - e uma escola comunitária dirigida pela professora Silvandira Guimarães, pioneira em Caxias no ensino de Artes Cênicas. Depois, tornou-se o Fórum Desembargador Arthur Almada...
A Praça Dias Carneiro, popularmente conhecida como Praça do Pantheon Literário Caxiense, foi construída no largo que ficava em frente a então Companhia de Fiação de Tecidos União Caxiense, e no qual funcionavam, ainda, a delegacia de policia civil, tribunal do júri e Câmara de Vereadores, na área central da cidade de Caxias; a Princesa do Sertão Maranhense.
O espaço foi assim denominado em homenagem ao...
Quando nascivim fugido de outrose, então, aprisionei-me perpetuamente, em mim...jamais me cansareidesse meu lugar único e, encarecidamente,meu próprio ser espíritual busca-me, pois eu sou o seu lado de fora e ele, simultaneamente,o meu lado de dentro...um é o cárcere do outrosem fuga à liberdademas, é nossa vida a valerao estarmos sós em nós...e por todo o anoitecer bebo a saudade de alguém em doses...