Caxias-MA 06/07/2025 13:30

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Wybson Carvalho

Recanto do Poeta

Poemas avulsos


Preferência 

Do amor que a causa da intenção; para que ele exista em mim e em ti...

do ódio não quero a intenção da causa; para que ele  desista de nós...!

Ceticismo e crença

Eis a questão!

sal, ao pão, para a existência da matéria

doce, ao vinho, para a vida eterna do espírito.

aleluia à fé...

Traição recíproca

Se o afã insidiou

e não somos um só ser

eu não sou você

e você não é eu

então,

traí a mim mesmo

ao ser traído por ti 

e, sem nós dois, 

o que resta

é a ausência do que não fomos presente 

ao que queríamos ser.

Chuva

Lágrimas caídas de um imenso olho azul

que, momentaneamente, escurece

para derramar seu pranto

no rosto da terra.

A/amar/morto

Meu coração está vazio...

antes, cárcere abrigo às paixões utópicas.

agora, oceano inabitado à nau sem âncora

e sob naufrágio em vendaval interminável.

eis que, imerso num mar de ilusões, não pacífico,

afogado está meu corpo à água e ao sal...

enfim, minha alma surge de um fel continental.

Eu

Preso às circunstâncias grupais

escravizo-me em inúteis fugas

alheias à unicidade.

sem encontrar abrigo individual

multiplico as buscas pelo zero

à esquerda de mim.

Os poetas

Andarilhos sob um mesmo calvário.

anjos ou demônios terráqueos.

pretensiosos, querem adivinhar

a cor da ambiência celestial ou infernal.

inépcia, é a conclusão desse poema escrito.

Ônus do haver

Não haverá diferença

- que de um tudo unânime consistisse;

não haveria erro

- que o encanto acidentasse o fato;

não haveria causa

- que a intenção içasse a atitude;

não haveria consequência

- que a realização autodeterminasse a virtude;

não haveria destino

- que o desejo mostrasse o caminho;

não haveria perda

- que a mutação fosse contínua;

não haveria fim

- que o viver insidiasse o desaparecimento.

Prazer inicial

A carne

– todavia –

afronta-se com o desejo que arde em si.

o espírito

– contudo – 

inibe-se baldado pelo posseiro ato.

embora,

líquido dessa carne banhe a minha vergonha,

esse espírito, também meu,

alado num álibi,

voa no espaço que há entre ambos.

Báratro dos bêbados

Canto transparente da solidão:

lugar meio séptico,

há homens torturados sob falsa alegria,

copos cheios de ativa verdade,

goles de puro ceticismo,

embriaguez da mágoa,

limpa ausência da razão,

retrato do banal domínio,

uma cópia da fuga existencial.


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