Reino cidadão
Livres são o homem, o canino e o felino...
ambos vestidos de solidão
tão sós e despercebidos entre os muitos
são, também, despercebidos da nudez tabulada
ora multiplicada na multidão alheia
à unicidade vadia dos animais
na estratificada pirâmide humano-social dos seres!
Nudez de sentidos
Ó inércia final estás nua
mas, no entanto, queres vestido o corpo morto
de mãos unidas e pés juntos um ao outro
e, a partir de agora,
qual a minha direção indicada
e qual caminho a seguir...
levado ao carrego de outros
sem prosseguirem próximos comigo ao após!
Último poema
Não há mais página em branco,
para o preto grafite
desenhar o esboço da alma.
a ponta do lápis quebrou
no livro fechado e envelhecido
à história sem ser escrita.
então, ao homem
a arte fora negada
sem ter sido amiga da vida.
Instantes...
Há pouco tempo o sol e a lua se encontraram por minutos e, lamentavelmente, não se completaram em si próprios... pois, a natureza é a diversificada mãe dos astros...!
Abandono e solidão ...!
... teu silêncio e tua ausência invadem à minha alma e ao meu sentimento e se irmanam à leitura das páginas do teu livro. Sim, agora, sei os teus...
Oferta à vida
Haveria prata, ouro e diamantes,
se eu preferisse caminhar certo
pelos tortos e estabelecidos caminhos
pautados em tua ambiência.
mas,
vesti-me do nada
e rumei por veredas aziagas
do meu inferno existencial
a destruir ilações sobre nosso espaço.
Sentenciado
Inculpado, mas transformado num ser;
enfermo, desiludido e tão só…
sem horizonte a seguir e com inércia se alimentando de...
Perdão
Natureza e obra eternas,
unicidade ubíqua em
onipotência e onipresença,
— caí em tentações pecaminosas!
livrai-me de insidiosa luz do fogo.
mas não me deixeis nas trevas.
não sou digno de beber do vinho e comer do pão!
porém,
lavai-me as feridas com meu próprio sangue,
aliviai-me a dor para que sacie a minha própria fé,
e, então, salvai-me do que fui ao...