Não ir
Meus descalços pés andarilhos
levam meu corpo baldado e nu
ao caminho algum de repouso
ao qual aporto carregado de nada.
Ceticismo e crença
Eis a questão!
sal, ao pão, para a existência da matéria
doce, ao vinho, para a vida eterna do espírito.
aleluia à fé...
Autêntico
O que me é inválido
torna-me ávido a não realizá-lo...
então,
faço-me válido
ao que me há...
refém é o ser com ônus
aos interesses outros.
Peso
Não há verticalidade
só o horizonte vultuoso
é ofertado pelo cunho
de ser indivíduo social.
Mãe
Paraíso da carne em sangue
de uma nova luz à vida
derramada por sobre o destino
continuado a um ventre, abnegado.
Ônus
A moeda tem dois lados:
à face, a aceitação do ser;
à coroa, se aceito, o alcançável valor.
Poema à minha poesia
Um dia qualquer eu escreverei um poema de amor com meiguice, ternura e carinho para ti…será ofertado aos teus brios causadores da minha emoção ou, talvez, íntima ilusão sem querer almejada,quero te ofertar a sensaçãoqual a imensidão do marou as fragrâncias das flores no sonhado jardim dos amantes...aí, então, tu entenderás o meu amor, mas não importa se isso...
Há uma síndrome temporal em mim: meu passado abandonado se foi tão longe, meu presente apressado já não é constante e à brevidade aproxima-se o meu fim...!
Em meio à censura do Império, os grandes nomes da poesia e da literatura nacional recorriam à Europa para a publicação de suas obras, até que algo mudou.
Até a Primeira Guerra Mundial, grande parte das obras escritas por brasileiros e comercializadas no Brasil era impressa na Europa, e nomes como Machado de Assis costumavam ser publicados pela editora francesa Livraria Garnier.
O país tinha, no começo do século 20, poucas...