Cremação
Os raios de fogo do corpo inerte
são fachos de luz a rodearem a angústia adormecida
de um céu sem acesso para a alma amputada
e sob pranto de sangue derramado sem fé
mendiga o perdão a ser julgado.
Onipresença
Quando a matéria inválida tombar
obediente à natureza cumprida
e imergir ao barro...
estórias de liberdade
serão tecidas sobre o ser
que não mais está cíclico ao meio...
livre é ser sem estar
e sido em sendo o verbo, ainda.
Fome
Ausência de iguarias
nos recipientes à mesa
do oferecimento aos desvalidos...
presença do vazio
nas vísceras do estômago
embrulhado pelo papel da sociedade...
Poema à minha poesia
Um dia qualquer eu escreverei um poema de amor com meiguice, ternura e carinho para ti…será ofertado aos teus brios causadores da minha emoção ou, talvez, íntima ilusão sem querer almejada,quero te ofertar a sensaçãoqual a imensidão do marou as fragrâncias das flores no sonhado jardim dos amantes...aí, então, tu entenderás o meu amor, mas não importa se isso...
Há uma síndrome temporal em mim: meu passado abandonado se foi tão longe, meu presente apressado já não é constante e à brevidade aproxima-se o meu fim...!
Em meio à censura do Império, os grandes nomes da poesia e da literatura nacional recorriam à Europa para a publicação de suas obras, até que algo mudou.
Até a Primeira Guerra Mundial, grande parte das obras escritas por brasileiros e comercializadas no Brasil era impressa na Europa, e nomes como Machado de Assis costumavam ser publicados pela editora francesa Livraria Garnier.
O país tinha, no começo do século 20, poucas...