Neste 28 de julho de 2024, aniversário da Adesão do Maranhão à independência do Brasil (201 anos), e o eleitorado caxiense é surpreendido com a notícia de que mais um empresário da terra está decidido a participar da vida política da cidade. Desta feita, é o empresário Édison Amâncio (o outro é Eugênio Coutinho Filho, pré-candidato a vice do pré-candidato Gentil Neto – PP), filiado ao PSDB, apresentado como pré-candidato a vice-prefeito na chapa da pré-candidata a prefeita Lycia Waquim (PSDB), fato que joga por terra qualquer ímpeto de desistência da única mulher a se lançar como opção para administrar Caxias na atual campanha eleitoral sucessória do município.
Em razão dos baixos números colhidos a seu favor pela primeira pesquisa do Instituto Data M em Caxias, pensava-se que Lycia iria desistir da contenda, mesmo recebendo apoio do governador Carlos Brandão (PSB) às suas pretensões depois que deixou a chefia do Gabinete do Prefeito Fábio Gentil (PP) de forma intempestiva. Mas, não, ela está candidatíssima, prega que representa a verdadeira renovação pela libertação de Caxias da velha política, inclusive apresentando seu companheiro como um empresário que possui em sua história de vida um legado muito positivo dentro da comunidade.
Não há dúvida de que a presença de empresários é muito salutar para a política da cidade. Afinal de contas, eles, com suas responsabilidades, contribuições, bem ou mal contribuem para o desenvolvimento do município. Mas é interessante constatar-se que as inclusões dos dois na atual disputa ocorreram quase simultaneamente, como se algum mentor estivesse por trás das iniciativas. Para especialistas, mãos do Palácio dos Leões estariam por trás da manobra, interessadas em diminuir as chances que, até o presente momento, são mais favoráveis à dupla Paulo Marinho Júnior/Thaís Coutinho.
O confronto direto de Gentil Neto/Eugênio Coutinho Filho com Paulo Marinho Júnior/Thaís Coutinho, em que pese o esforço hercúleo que o prefeito Fábio Gentil está realizando para transformar o município em um canteiro de obras à essa altura da campanha, não estaria sendo favorável à dupla apoiada para gestão municipal. É que o eleitorado caxiense vai se mostrando desconfiado, por entender que tudo não passa de gesto calculado de um grupo político que a todo custo quer se manter no poder, ao ponto até de se aliar com ferrenhos adversários que foram vencidos e contar com apoios de terceiros sem condições de vencer verdadeiramente a disputa. Tirar votos de quem está à frente, portanto, seria a grande estratégia para diminuir o favoritismo da dupla que está à frente na campanha.
No próximo dia 03 de agosto, a dupla Gentil Neto/Eugênio Coutinho Filho promete realizar uma mega convenção no Ginásio João Castelo. O evento será uma boa oportunidade para a coleta de subsídios mais esclarecedores acerca do andamento da campanha eleitoral.
Enquanto isso, circulam nas redes sociais convites para o “aniversário de Caxias” neste 1º de agosto que se avizinha. Calma, pessoal! A emancipação de Caxias se deu em 05 de julho de 1836, há 188 anos. 1º de agosto, no entanto, tornou-se a grande data da cidade por evocar, até Pesta data, o momento mais dramático da história do município.
Em 1º de agosto de 1823, os caxienses vivenciavam as lutas que ainda estavam ocorrendo no país pela independência do Brasil de Portugal, sob a liderança do imperador D. Pedro I. Naquele dia, sob o amparo de pequeno exército do major-general português Fidié, que vencera a batalha do Jenipapo, em Campo Maior, no Piauí, os caxienses estiveram perto de ser chacinados por uma força libertária de mais de 5 mil homens que cercava Caxias.
No fim, foram prudentes, atenderam ao ultimatum das forças que efetuavam o cerco, e depois as deixaram entrar sem resistência pelas ruas da cidade, consolidando a adesão de Caxias à independência, quase um ano após ela ser proclamada por D. Pedro às margens do riacho Ipiranga, no interior de São Paulo.
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