Prazer em conhecer-te
(Ipê florido)
Que do título, de “Árvore Nacional”
O Pau Brasil te substitui
Jânio, te diplomou em quadros
Em atitude louvável
Te fez ícone, admirável
Em nobre estilo cerimonial
Minha linda e querida
(Flor Nacional)
Te entender
(Ipê querido)
Teu gênero é tabebuia
De família bignomiáceas
Descendente das acácias
No inverno és nudes, sem folhas
Na primavera ti revestes
E alegra em flores
E faz reluzir
Teu brilho em sombras
Aos que se abrigam em ti
Que bom te ver
(Ipê florido)
Solitário em meio às matas e bichos
Crescente e frondoso entre pedras e espinhos
Te vejo de perto e às vezes de longe
Na panorâmica andante em muitos caminhos
Que bom te ver
(Ipê florido)
Em meio ao mato, opaco
Para o beija-flor, carinho e amor
Dos passarinhos os ninhos
E aos insetos casaco em flor
Vislumbro em ver-te
(Ipê colorido)
Em cores e flores
Verde, roxa, branca, rosa e amarela
Pelas Cidades
Nas praças, ruas, avenidas e passarelas
Lamento ver-te
(Ipê florido)
És como um buquê gigante
Que a natureza oferece
Em meio ao gemido e a dor
Dos que furtam às vidas da fauna e da flora
Lhe causando suspiro e ardor
Nos momentos angustiantes
São marcas dos seus traficantes
É bom saber
(Ipê querido)
Que no meio dos anos
Onde há desenganos
De Julho a Outubro
Não se faz em vulto
As cores das flores
Apontam o futuro e os planos
Triste é te ver
(Ipê ferido)
De péle rasgada e ventre aberto
Deitaram-te a força
Despiram tuas vestes
Fizeram mobília
Furtaram as cores
E os sonhos dos filhos e filhas
Ainda bem
(Ipê querido)
Que no seu âmago não tens rancor
Da medicina, és o remédio
O antídoto que cura a dor
Pois as tuas cores
Revelam o lado puro do amor
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